Bom dia!!
Hoje trago-vos uma partilha repleta de amor e encantamento! :)

Uma querida amiga e irmã está neste momento a abrir-se para a concepção e partilhou comigo que não estando fisicamente grávida, se sente grávida! Sem saber bem explicar e eu sem nunca ter passado por isso, é óbvio e fácil para mim sentir a alma do bebé a chegar. Por isto, fui pesquisando dentro do tema e encontrei um artigo que foi exactamente de encontro àquilo que procurava. 
Como é que a alma chega e se une ao bebé? Quando isso acontece?

Algumas tradições acreditam que é Deus quem escolhe onde e em que família o bebé nasce. Enquanto outras acreditam que quem escolhe é o bebé em "comunhão ou não" com Deus.
Segundo o que li, e aquilo em que acredito também, a conexão entre bebé e pais é feita antes da concepção ou até em vidas passadas (no caso das relações kármicas) por escolha do bebé (e dos pais também).
A alma do bebé escolhe a família que o irá acolher de acordo com as experiências terrenas que quer/precisa de ter, dependendo do propósito da alma - por exemplo, uma relação mãe-filha em vidas passadas pode ressurgir com os papéis invertidos, ou, questões mais práticas, uma alma que queira experienciar diariamente a relação com cavalos por qualquer razão, escolherá uma família que tenha essas condições físicas.
Segundo o artigo, há almas que têm o propósito focado no local de nascimento e de vida, isto é, a localização geográfica onde irão viver, e que a escolha dos pais especificamente não é assim tão relevante. 

A forma como eu vejo todo este processo é um conjunto de almas prontas a reencarnar e  "lá em cima", olhando cá para baixo, vendo como nós nos relacionamos, como levamos a nossa vida, para onde caminhamos, quem somos, quem escolhemos....e com uma perspectiva completamente alargada escolhem qual o conjunto de pessoas que melhor "lhes serve" no seu processo, na sua evolução. 

Então quando a alma chega ao nosso plano terreno e ainda antes da concepção, os pais (ou apenas um dos membros do casal) pode (ou não) sentir essa presença. Sente-se mais atraído por bebés, sente-se mais paternal/maternal, com vontade de ter um filho, mais disponível...O desejo é mais constante.

Quem tem a capacidade de ver auras pode nesta fase do processo ver a aura do bebé junto à aura da mãe ou do pai, porque a energia já lá está! Mesmo antes da concepção! E o momento da concepção é crucial. Segundo esta perspectiva, é o momento em que acontece a conexão biológica e espiritual. A alma do bebé, o espírito do bebé, começa nesta altura a ser físico.

[Este dado específico ainda não é muito claro para mim uma vez que pela filosofia do yoga, que me faz tanto sentido, a alma do bebé liga-se ao seu corpo aos 120 dias de gestação - irei aprender mais sobre isto em breve e partilharei convosco tudo quanto puder! :)]

Ainda assim, é muito claro para mim, e aqui também por experiência própria, que o momento da concepção é crucial no que diz  respeito pelo novo ser. A forma como o casal se relaciona, se ama, se respeita influencia o bebé que naquele instante se está a criar. Relações sexuais amorosas, prazerosas, com vontade e entrega, com união só poderão dar frutos à sua semelhança. A energia criada no momento da concepção é a energia transmitida às primeiras células da vida daquele ser :D.

É tão bonito pensar que tudo tem um propósito e que mesmo antes da concepção já existe algo, a alma já chegou e está apenas à espera do momento biológico que a permita ter forma. E isto para mim é fascinante!! Espero que para vocês também :)

 




 
Olá!
Pelo meio de uma leitura do livro Corpo de Mulher, Sabedoria de Mulher de Christiane Northup encontrei algo que imediatamente quis partilhar convosco:
> Como pode o parto prematuro e a apresentação do bebé de nádegas ou pés estar relacionado com/ser causado por questões emocionais?

 
O que tem o facto do bebé "querer" nascer mais cedo a ver com as emoções maternas? Será que tem alguma coisa a ver? Pois claro que tem :)
A nível biológico o que acontece é que os vasos sanguíneos uterinos são extremamente sensíveis aos efeitos do sistema nervoso simpático, que é a parte do nosso sistema nervoso central responsável pela fuga e luta (por exemplo, quando nos assustamos e a frequência cardíaca aumenta é devido à estimulação do sistema nervoso simpático). Bem como as hormonas libertadas em tensão alterarem o afluxo de sangue ao feto. Assim é fácil entender que, quando a mãe se sente ansiosa, tensa, amedrontada, para além de emocionalmente, o bebé sente fisicamente esse estado materno.
 
Um estudo feito com 64 mulheres mostrou que mulheres que sofriam de ansiedade, medo, tensão, falta de apoio por parte do parceiro, falta de auto-identificação materna, crenças negativas em relação ao parto e falta de apoio de amigos e família, anunciavam partos que necessitariam de algum tipo de intervenção obstétrica.
Assim, está provado também o contrário - resultados adversos da gravidez podem ser prevenidos com abordagens que ajudem a mulher a identificar e lidar com tensões particulares que sinta.
(Aqui está mais uma grande mais valia das doulas, ser o espelho destas mulheres mostrando as tensões e as feridas para que as possam apaziguar e curar durante a gravidez, melhorando e preparando o parto! :))
 
Em relação à posição de nádegas e pés como esta pode estar relacionada com a tensão materna?
Também é simples a explicação e é aqui que se nota tão bem a relação entre mente e corpo. Alguns dos bebés que se apresentam em posição pélvica têm causas estruturais. No entanto, há muitos para os quais não há razões clínicas conhecidas. Está comprovado que em alguns casos, a tensão sentida pela mãe, é mantida na zona inferior do corpo, na zona baixa do útero. Assim esta zona encontra-se tão tensa que o bebé não consegue dar a volta. Mais uma vez o medo, a tensão e a ansiedade activam mecanismos do sistema simpático que resultam na contracção do segmento uterino baixo.
 
Assim e depois de identificada a causa é muito mais fácil trabalhar estas questões. Não quero deixar de dizer que, assim como se comunicam automaticamente as tensões "negativas" ao bebé, também se comunicam emoções saudáveis! E mais uma vez reforço a ideia para a não culpa materna de cada vez que há tensão ou medo. Tudo isto é normal! O que é de valorizar é a relação entre as emoções e o corpo físico. Mais uma vez voltamos à autorresponsabilização e ao poder de escolher fazer diferente! :)
 
Uma mulher conectada consigo e com o seu bebé pode aprender a manter o bebé seguro, transmitindo-lhe tranquilidade, calma, bom aporte de oxigénio e sangue através de respirações poderosas e conscientes.
A chave para ajudar o bebé a dar a volta no caso de posição pélvica é ajudar a mãe a libertar a tensão do segmento inferior do útero. Isto pode ser feito através de acupunctura, respiração consciente, trabalho emocional, yoga e hipnose (Dr .Lewis Mehl demonstrou uma taxa de sucesso de hipnose de 81% - wow).
 
texto adaptado de Corpo de Mulher, Sabedoria de Mulher - Vol.II de Christiane Northup]

Olá :)
Depois de alguma ausência deste cantinho tão querido, volto hoje ao blog com um tema triste, assutador e pouco falado.

Quando há uns tempos a minha irmã esteve grávida e dias depois deixou de estar não tive a mínima noção do que aconteceu, pelo que ela passou nem tão pouco o que ela sentiu. Quando meses depois soube que tomava anti-depressivos por causa do aborto que teve fiquei chocada - "meses depois? anti-depressivos?" De repente senti um grito silencioso de SOCORRO. Eu não tive a mínima noção da perda dela. Para mim a notícia de gravidez foi recebida e nem tempo tive para me agarrar a ela quanto mais para sentir a perda.

Hoje venho falar de aborto espontâneo. Nunca vivi um e por isso não consigo sequer imaginar pelo que vocês, mulheres que passam por esta perda, sentem. 
O que sinto vontade de partilhar convosco é uma parte do trabalho que faço de preparação enquanto doula para apoiar estas mulheres. Sim, tu que passas por um aborto, tens direito a ter apoio, mereces ser ouvida e permitires-te chorar :) 

Para todas as mulheres, amigas, mães, doulas que queiram apoiar uma mulher que sofreu um aborto espontâneo, aqui ficam algumas sugestões de uma mulher doula que passou por um aborto e partilhou na primeira pessoa algumas coisas que a ajudaram a enfrentar a dor:

Para nunca esquecer, o aborto é um nascimento. Não há nascimento de um bebé vivo, mas há abertura do cólo do útero, há contracções uterinas e pela vagina passa um ovo pequenino, uma placenta mínima e logo de seguida todo o revestimento do útero.
O aborto é muito mais comum do que pensamos. 1 em cada 4 gravidezes resulta em aborto espontâneo e muitas mulheres e muitas famílias, simplesmente, não falam sobre isso ainda que este acontecimento traga uma enorme dor emocional e psicológica.

Enquanto doula, o que posso fazer para apoiar estas mulheres/mães (porque são mães!):
1. Dizer às pessoas do seu círculo de amigos/trabalho/família o que aconteceu. Assim a mulher escusa de explicar vezes sem conta o que aconteceu e cria-se mais respeito em seu redor.

2. Preparar algumas refeições nutritivas para ela e o resto da família deixando-a descansada, menos preocupada e cuidada.

3. Ajudar em algumas tarefas. Perguntar-lhe se precisa de alguma coisa: lavar roupa, lavar loiça, ir Às compras... 

4. Ouvir. Ouvir e ouvir. Basta ouvir e olhar nos olhos. Mostrar-lhe que estou ali, disponível, receptiva, sem julgamento, em amor. Lembrar-me que não é minha função resolver nada. Sou apenas o apoio.

5. Ajudar com as outras crianças da família. Levá-las ao parque, ir buscá-las à escola, ajudar nos trabalhos de casa ou preparar um bolo para o lanche.

6. Ajudar com a manutenção da casa. Limpar a casa ajuda a limpar o campo energético da mulher. Ajuda a sentir-se mais limpa, arrumada e arejada.

7. Perguntar à família se sentem vontade de fazer algum memorial para o bebé. O bebé existiu, a gravidez foi real. Pode ajudar (e muito) honrar essa pequena alma. Pode ajudar não só pelo simbolismo de homenagear a vida que existiu, esse bebé, mas também como ritual de encerramento. Pode ser qualquer coisa simples como um anel, um verso, um quadro, uma passagem de um livro...O que fizer sentido para os pais.

8. Ser paciente :)

E eu acrescento ao texto original,

9. Estar atenta ao pai. Creio que muitas vezes o homem fica um pouco fora do processo. Claro que o aborto é vivido pelo homem de forma completamente diferente, mas pode haver dor também e é preciso alguma sensibilidade para não o deixar desamparado. Ele próprio focou toda a sua atenção na companheira, no apoio prestado. Agora é a vez dele de chorar, de gritar, de mostrar os seus sentimentos :)

Um abraço muito muito apertado para todas as famílias que vivem estas perdas e uma grande homenagem a todos estes bebés que não chegam a nascer.

[texto original de http://thrivinghomeblog.com/2014/02/open-letter-doula-miscarriage/
adaptado por Catarina Gaspar, com autorização prévia]






Quem segue o blog diariamente deve estar neste preciso momento a fazer a seguinte pergunta "Porquê a semana 14? E as outras 13?" As outras 13 virão :) Mas para já senti necessidade de ler mais sobre a 14ª semana de gestação e partilho já convosco essa informação. (Assim até crio informalmente o compromisso de escrever sobre as restantes semanas. Uma após uma.)

A semana 14 é primeira do novo trimestre. Por esta altura a confiança na gravidez já estará mais consolidada uma vez que o risco de aborto diminui significativamente. Então vamos lá viajar ao útero e espreitar o desenvolvimento do nosso bebé:


> Por esta altura estima-se que o feto meça cerca de 8 cm e pese cerca de 40gr. 
> O feto está a crescer assim como os seus orgãos internos estão a desenvolver-se rapidamente
> O corpo fica mais proporcional com o crescimento das pernas uma vez que até agora a cabeça era predominante
> O feto já faz movimentos com as mãos e dedos e começa a experimentar movimento faciais como mexer as sobrancelhas e a boca (imaginam? que amor!!)
> Começa agora a produzir mecónio (são as primeiras secreções do bebé resultando de líquido amniótico que vai ingerindo)
> Inicia-se também o desenvolvimento do sistema nervoso
> Os órgãos genitais externos já estão formados
> O feto já ouve sons e vibrações do interior da mãe
> Os primeiros fios de cabelo e pêlos começam a crescer nesta altura!
> As papilas gustativas despertam e o feto começa a sentir os primeiros sabores (mamãs, toca a mimar os bebés com alimentos bem saborosos!!)

E na mamã grávida? O que acontece? 
> O peso e tamanho continua a aumentar
> Pode haver oscilações de humor - por isto é importante ter apoio e partilhar experiências. É normal!! :)
> Sentir maior desejo sexual - é para aproveitar porque no 3º trimestre este desejo pode diminuir.
> A mulher pode ter obstipação - isto acontece pelo aumento dos níveis de progesterona mas também pelo aumento do tamanho do útero que diminui os movimentos intestinais
> Há um aumento de sensibilidade olfactiva
> Há um aumento de secreções, como suor, fluxo vaginal e saliva

Algumas indicações e cuidados especiais?
> A mamã precisa de ter atenção à sua alimentação (continuar a ter, diria eu.): Alimentos nutritivos, variados, poucos hidratos de carbono e açúcares refinados. Ingerir fruta (3 peças por dia), beber água, evitar bananas (que produzem muco), uvas e mangas (são muito calóricas). Evitar refrigerantes pelos níveis de açúcar mas também pelo gás. O ácido carbónico retira o cálcio dos intestinos, do organismo e dos ossos. E nesta altura de crescimento fetal as mulheres precisam de todo o cálcio!
> Fazer exercício físico: o ideal será exercício moderado diário, durante 20 minutos. Caminhada, sair na paragem de autocarro anterior, etc 
> Fazer yoga: 20 minutos diários de sequências específicas para a gravidez onde a resistência e agilidade são trabalhadas, essencialmente na região pélvica (a preparação para o parto começa desde logo! :))

Na verdade, estes cuidados já existem desde o início da gravidez e prolongar-se-ão durante as próximas semanas de gestação. De qualquer das formas importa referir o cuidado com os hidratos de carbono uma vez que o bebé pode aumentar de peso precocemente nesta fase. 

Esta é também uma excelente altura para começar a registar a gravidez, se é que ainda não começou a fazer!
Deixo aqui um dos melhores vídeos que já vi. TÃÃÃÃO BONITO!


[imagem de http://www.thepregnancyzone.com/pregnancy-weeks/14-weeks-pregnant/
texto adaptado de http://www.gestacaobebe.com.br
http://www.maemequer.pt
e do livro "Método para um parto suave", Drª Gowri Motha]

Bom dia!! 
Com a frequência com que se fala do "poder do toque", este é um assunto que não é novidade para quase ninguém. Mas sabemos exactamente o que o toque na mãe produz no bebé? Vale a pena relembrar :)

Durante o toque:
- há produção de endorfinas - hormonas produzidas pelo cerébro que diminuem a dor e produzem mesmo uma sensação de bem-estar e boa disposição
- há fortalecimento do sistema imunitário
- há contribuição para uma vida mais longa 


Quando a mulher está grávida, e com o aumento de volume sanguíneo, os pequenos vasos sanguíneos estão dilatados e todas as sensações de toque na pele estão aumentadas! Na gravidez o toque pode ser mesmo muito útil para aprofundar a auto-hipnose, para criar laços com o bebé e até reduzir a probabilidade de laceração vaginal (através da massagem ao períneo, por exemplo).

Como pode então o toque na mulher influenciar o bebé?
Imaginem a sensação de estarem, neste preciso momento, a ser massajadas por alguém muito querido. Todo o corpo relaxa, a sensação que predomina é de segurança, descontracção e prazer. Sentem?  :) 
Como se sentirá um bebé dentro da barriga com todas as endorfinas da mãe em circulação, com o sentimento de amor, protecção, segurança tão expandido? O bebé recebe todo este apoio psicológico da mãe e sente o mesmo que a mãe está a sentir. A massagem pode ser feita sozinha mas idealmente deve ser feita em comunhão, em partilha, em família!

Cada vez que o parceiro oferece uma massagem à mulher grávida (e 10 minutos são suficientes para cosneguir este efeito) esta não só fica relaxada como o bebé recebe sangue fresco, oxigenado e nutritivo através do útero e da placenta. 

A relação do pai com o bebé começa muito antes do nascimento e fortalece-se através destes momentos. Sabiam que o bebé sabe distinguir a voz e o toque do pai de outra pessoa? Não é maravilhoso?
Ahah, o bebé deve estar no útero a fazer figas para que o papá chegue e ofereça este mimo tão delicioso a toda a família!!

A massagem pode ser feita com óleos essenciais, com propriedades calmantes e relaxantes, como é o caso do óleo de alfazema. Podem ser massajados os pés um do outro (não é só para a mulher que há poder do toque! :)) durante 10 minutos ou partilhar banhos de óleos, em que a barriga da mamã é massajada. Isto vai acalmar e relaxar o bebé mas vai também nutrir a pele, mantendo-a elástica e prevenindo estrias!

(Que bom que é saber isto! Quando for eu a mulher grávida, vou deliciar-me com o toque do papá do meu bebé mas também com a felicidade de saber o bem que estou a fazer ao novo ser que crescerá em mim! Que maravilha!!)

(adaptado do livro "Método para um parto suave", Dra Gowri Motha e Karen Swan Macleod)



A vida intrauterina é algo que me fascina MUITO. Mais do que contemplar mulheres grávidas, eu imagino o bebé dentro do útero, o que estará a sentir e a ouvir ?! Acredito profundamente na memória pré-natal assim como na capacidade que os bebés têm de, para além de percepcionar o estado emocional da mãe, aprender esse mesmo estado. 

Ainda este fim de semana, acabada de acordar e olhando para o G. a cantar e a dançar mal se levanta, disse-lhe: "Já imaginaste o que é um bebé ser criado, crescer com esta emoção? Esta paz que eu sinto e esta felicidade e alegria ao ver-te assim."
E imaginar o contrário? E imaginar que um bebé passa 9 meses, a base de toda a sua vida, em ambiente emocional triste, zangado, tenso? Isto faz-vos algum sentido? Ou é só a mim que me toca particularmente? :)


E as mulheres que vivem depressão durante a gravidez? Estudos feitos com milhares de bebés mostram que o grau de depressão vivido pela mãe durante a gravidez é proporcional ao estado depressivo dos bebés quando nascem!

Estive a ler palavras do Dr. David B. Chamberlain e acho mesmo encantador ter esta perspectiva sobre a MEMÓRIA PRÉ-NATAL. 

Tradicionalmente diz-se que a memória tem início por volta dos 3 anos de idade uma vez que é a partir dessa altura que há mais relatos de memórias conscientes! E antes disso? As memórias podem não ser conscientes  mas existem! Há relatos de algumas crianças que de forma espontânea relatam memórias do seu nascimento, do seu parto (por vezes momentos guardados que nunca foram partilhados!) 
Há já vários estudos sobre a capacidade de aprendizagem e a memórias MESES antes do nascimento. Há por exemplo um caso de gémeos que foram vistos, com apenas 20 semanas de gestação, a brincar um com o outro através das membranas do saco amniótico. Nos seus primeiros anos de vida, a brincadeira preferida destas crianças era colocar-se atrás e à frente do cortinado e tentarem apanhar-se um ao outro através da cortina. :) Não é o máximo? 

Foram feitas já algumas experiências sonoras em que as mães colocavam o mesmo texto a passar de forma regular durante a gravidez ou reproduziam o mesmo ritmo e depois do nascimento os investigadores perceberam que os bebés preferiam o som já conhecido do que outro.

Aqui entra também muita da minha vontade de contribuir para partos humanizados, respeitando a mulher mas também, MUITO, o bebé. Como Dr. David Chamberlain diz "Traumatic events in neonatal intensive care are indelibly imprinted in memory and intrude on adult life, often in the form of fear". No seu artigo refere ainda o caso de um rapaz que nasceu prematuro e esteve na unidade de cuidados neonatais desde as 29 semanas de gestação e desenvolveu medo ao som e imagem da fita adesiva. 

Se estivermos um bocadinho atentos aos nossos pares, aos nossos amigos e conhecermos um bocadinho da sua gravidez e do seu parto, começamos a perceber esta relação directa! 
O útero é mesmo um local mágico, super activo e interactivo e como David Chamberlain diz " ... the womb is, in fact, a classroom."

E a pergunta que nos faço é: E o que queremos nós ensinar aos nossos filhos desde LOGO? :)

(adaptado de https://birthpsychology.com/free-article/prenatal-memory-and-learning#.VIbf7TGsV1a
imagem de http://www.channel4.com/programmes/miracles-in-the-womb)



E já estamos em Dezembro! Como pode ser isto possível? 
No Domingo fez 1 ano que iniciei o Curso Avançado de Doulas e iniciei activamente o meu caminho de desenvolvimento pessoal. Tão feliz! TÃO FELIZ!!

Hoje vamos falar sobre Gravidez e Vegetarianismo! Paralelamente à questão da diabetes gestacional que chegou até mim há umas semanas na conversa sobre Parto Humanizado, chegou também a questão do vegetarianismo durante a gravidez. O que se pode ou não comer, como manter a alimentação equilibrada e adequada à gestação do bebé? Que carências existem com este tipo de alimentação? Que medos surgem com este tema? Que o bebé não se desenvolva? Que desenvolva alguma doença? Que tenha baixo peso à nascença?


Para mim ser vegetariana (e eu não como carne há cerca de 3 anos) é uma grande responsabilidade. É preciso muita informação e estar muito confiante da escolha que se faz para viver confortavelmente sem medo. É tão comum ouvir "Não comes carne? Deves estar anémica. " Estás cansada? Se calhar precisas de um bife." Por isso, este assunto para mim é muito pessoal e faz todo o sentido fazer pesquisas detalhadas sobre este assunto e informar as mulheres das suas necessidades nutritivas e formas de assegurar essas necessidades :)

Segundo um artigo escrito pelo Centro vegetariano, aqui, conseguimos perceber quais os nutrientes que exigem maior atenção durante a gravidez e quais os alimentos vegetarianos que nos dão esses nutrientes. 
Um quadro que achei muito interessante tem a ver com o ganho de peso esperado durante a gravidez de acordo com o IMC na mulher antes da gestação. (Claro! Como podemos esperar que mulheres com estaturas, peso e altura, completamente diferentes tenham o mesmo aumento de peso?)



Durante a gravidez, pelo aumento de volume de sangue pelo aumento de superfície corporal, há maiores necessidades nutritivas. Os nutrientes que exigem de facto atenção redobrada são: Ferro, Zinco, Ácidos gordos, Vitamina D, Ácido fólico e Iodo.

As PROTEÍNAS são muito importantes durante toda a gestação em particular no 2º e 3º trimestre, em que a necessidade diária passa dos 46 gr para os 71gr. As proteínas são ingeridas através de:
- todo tipo de feijões
- grãos
- frutos secos
- cereais integrais
- tofu
- soja

Os ÔMEGAS 3 são essenciais para o desenvolvimentro cerebral do bebé e acuidade visual e é necessária uma ingestão diária de 1,4 gr. Encontram-se nos seguintes alimentos:
- frutos secos, sementes, óleos de sementes (necessária extracção a frio)
E é importante haver um equilíbrio entre a ingestão de ômegas 3 e ácidos gordos trans. Por isso é de evitar o consumo de produtos industrializados como bolos, gelados, bolachas, comida pré-confeccionada e fritos.

O FERRO é essencial que acompanhe o aumento de volume sanguíneo. É normal que durante a gravidez haja ligeira anemia e por isso é importante que haja ingestão de ferro através de:
- feijões
- lentilhas
- grão de bico
- vegetais com folhas verdes escuras - bróculos, espinafres, agriões, urtiga, salsa
- tofu
- tremoços
A vitamina C aumenta a absorção de ferro por isso é aconselhado ingerir também fruta, citrinos, kiwi, acerola...

O CÁLCIO costuma estar assegurado quando a alimentação é ovo-lacto-vegetariana, no entanto é importante estar atenta para garantir uma boa mineralização dos ossos do bebé e evitar descalcificação da mãe. Alimentos que são uma boa fonte de cálcio são:
- vegetais com folhas verdes escuras - bróculos, couves
- manteiga de amendoim
- frutos secos
- tofu
- cereais integrais - pão, por ex.

A necessidade de VITAMINA D não está aumentada durante a gravidez, no entanto é muito importante para a calcifação do esqueleto do bebé. A mulher consegue aumentar os níveis de vit. D com:
- exposição solar diária
- alguns alimentos enriquecidos com vit.D como cereais, leite vegetal e creme vegetal
- suplemento vitamínico

O ÁCIDO FÓLICO é fundamental para o desenvolvimento do tubo neural e a sua carência pode levar a mal formações, baixo peso fetal, atraso no crescimento e aumento do risco de parto prematuro. Normalmente os níveis de ácido fólico estão assegurados se há um consumo diário de frutas e vegetais, no entanto, é preciso muita atenção a estes valores e é mais seguro optar por um suplemento natural, por ex, levedura de cerveja.

A VITAMINA B12, quando insuficiente, pode, entre outros problemas, estar na origem do parto prematuro, por isso mesmo nas mulheres que não consomem produtos ovo-lacto diariamente é prudente tomar suplemento vitamínico.

O ZINCO é um factor de crescimento fetal, está envolvido no desenvolvimento cerebral, no sistema imunitário, na formação de ossos, cabelos, unhas...A carência deste n utriente pode levar a mal formações congénitas e baixo peso à nascença. Uma alimentação rica em fibras e fitatos (maioritariamente presentes nos cereais integrais, feijão e soja) diminui a absorção de zinco bem como o suplemento de Ferro. Por isso, e por ser tão importante para o desenvolvimento fetal, em caso de dúvidas será preferível fazer suplemento deste mineral. Os alimentos ricos em Zinco são:
- nozes
- amêndoas
- pinhões
- amendoins
- castanha de caju
- centeio
- trigo integral
- ervilhas 
- aveia

O necessidade de IODO aumenta perto de 50% durante a gravidez para garantir ao bebé o funcionamento da tiróide, cérebro e sistema nervoso. A carência deste mineral pode levar a surdez-mudez, atraso mental e cretinismo e aumenta a mortalidade neonatal. Em Portugal 80% das mulheres grávidas têm consumo inadequado de Iodo e por isso a Sociedade Portuguesa de Endocrinologia Diabetes e Metabolismo, em parceria com a Direcção Geral da Saúde, propõem a suplementação em iodo durante a gravidez com 150-200 μg/dia para todas as grávidas. A forma natural de consumir Iodo é através de:
- sal marinho iodado
- algas marinhas

Para mim uma alimentação consciente e informada é fundamental durante toda a vida. Partindo do pressuposto que a mulher está atenta ao seu corpo e ao que sente e está informada sobre as necessidades nutricionais e específicas na gestação, não tem por que se sentir insegura com as escolhas que faz. De qualquer das formas o acompanhamento médico e/ou nutricional é importante em caso de dúvidas, sempre!


(imagem de http://www.babylifetime.com/healthy-recipes/healthy-pregnancy-diet/
adaptado de http://www.centrovegetariano.org/Article-604-Gravidas-vegetarianas.html)



Estive recentemente com uma mulher grávida a quem foi diagnosticada diabetes gestacional e a administração de insulina se tornou, para ela, uma rotina diária.
Vamos tentar desconstruir esta "patologia" e entender o que é, como se diagnostica, que implicações tem para o feto e qual o tratamento a fazer. Também já falei deste assunto no post sobre Primeira consulta médica, aqui. 

A diabetes é um distúrbio de múltiplas vias metabólicas e não apenas da glicose, como tendemos a achar. No entanto, é no metabolismo dos hidratos de carbono que este distúrbio se torna mais evidente. Actualmente os critérios aceites para o diagnóstico da diabetes são:
- glicémia no plasma venoso > 11mmol/l (200mg/dl) em qualquer momento
- glicémia em jejum > 8mmol/l (140 mg/dl)

Como se faz o diagnóstico da diabetes?
- Avaliação dos sintomas (fadiga, poliúria - urinar muito e com muita frequência, sede excessiva) e confirmação com análises sanguíneas (valores de glicémia).

Porque é necessária a Prova de Tolerância à Glicose?
- Uma vez que os valores situados entre o normal e o diagnóstico de diabetes são considerados "questionáveis", há recomendação que seja feita análise com estímulo de glicose para avaliar o metabolismo desta. 

Quando a mulher não tem diabetes antes da gravidez e os valores de glicémia aparecem alterados durante a gestação, dá-se o nome de Diabetes Gestacional!

Que tratamentos se fazem nestes casos?
- Normalmente as recomendação são no sentido de adoptar um estilo de vida mais saudável, passando pela alimentação e exercício físico diário. Evitar açúcares de rápida absorção como os bolos, refrigerantes, açúcar, farinhas brancas; optar por cereais integrais e vegetais e incluir na rotina diária uma caminhada de pelo menos 15 minutos. 
Só em casos em que a glicémia está muito elevada e não baixa com estas alterações de dieta e exercício é necessária a administração de insulina.

Que implicações tem a diabetes gestacional no feto?
- há um aumento na incidência de anomalias congénitas
- aumento de probabilidade de macrossomia (bebés com > 4000gr)
- caso a diabetes materna comprometa a microvasculatura uterina, há risco de restrição do crescimento intra-uterino.

O acompanhamento pré-natal das mulheres com diabetes gestacional vai no sentido de detectar anomalias congénitas e avaliar o tamanho e peso do feto (atraso no crescimento ou macrossomia). No entanto é de salientar que as ecografias fetais têm uma variação de 500gr no peso previsto!

Em conclusão, torna-se importante para mim enfatizar que as recomendações dadas às grávidas a quem é feito o diagnóstico de diabetes gestacional são recomendações que devem ser dadas a toda a população. Alterar hábitos alimentares e de estilo de vida é fundamental para todos! Já a ansiedade e preocupação que a mulher grávida vive com o diagnóstico de diabetes gestacional é tão prejudicial e evitável!

(adpatado de Guia Para Atenção Efetiva na Gravidez e no Parto,  Murray W. Enkin & Marc J. N. C. Keirse & James P. Neilson & Et Al ; imagem de http://universalhealthcarela.com/pregnant-woman-with-gestational-diabetes-holding-syringe-ts-figure/)


Conhecemos a palavra "placebo" certo? Algo que tomamos ou é administrado sem qualquer efeito ou risco.
E "nocebo"? Exatamente o contrário. Algo que causa danos, riscos e neste caso aumenta a ansiedade da mamã.
Quantas vezes as grávidas vão à consulta de rotina e vêm de lá preocupadas e assustadas com tantos termos novos que ouvem, com a tensão arterial demasiado alta ou demasiado baixo, com o peso demasiado acima ou demasiado abaixo, com a prescrição do ácido fólico e ferro para tomar, preocupadas com os gatos que têm em casa e que vão ter de pôr fora por causa da toxoplasmose? Heiih, calma!

Vamos por partes, desmistificar cada um destes temas e serenar :)


- Tensão arterial
A tensão arterial é medida frequentemente para diagnosticar pré-eclâmpsia. É normal que a tensão arterial aumente no final da gravidez, desde que não seja acompanhada de proteína na urina (que aí sim, há mesmo pré-eclâmpsia).
De uma forma holística e olhando para a grávida como um todo, é interessante também saber que a tensão arterial alta representa tensão na sua vida, ansiedade ou preocupação.

- Peso da grávida
O aumento de peso durante a gravidez deve situar-se entre os 9 e os 12 kg. Desde que a grávida se sinta bem, não há razão para ansiedade. Mais importante do que aferir se tem peso a mais ou a menos, é haver aconselhamento nutricional de forma a possibilitar soluções.
De forma holística mais uma vez, é importante perceber se a grávida está a comer de forma exagerada ou não e porquê. Muitas vezes isto pode acontecer de forma inconsciente de forma a compensar falta de afectos ou atenção, para combater a ansiedade ou o medo.

- Nutrição
Neste aspecto é importante saber que o cérebro humano é constituído por cerca de 60% de ácidos gordos, e o cérebro do bebé está em formação. Os ácidos gordos não são produzidos pelo nosso organismo e por isso é fundamental que haja ingestão destes ácidos. Conseguimos encontrá-los em peixes de mar pequenos como a sardinha, cavala e salmão. E aqui a importância de serem pequenos é para reduzir a quantidade de metais pesados cada vez mais presentes no peixe.
Alguns óleos de peixe podem ser um bom complemento à alimentação da grávida, no entanto, óleo de fígado de peixe não deve ser ingerido pela quantidade de vitamina A presente (a vitamina A é teratogénica e pode causar mal formações fetais). Os óleos de canola, soja, sementes de sálvia, chia e linhaça são óptima ideia!

-Toxoplasmose
Esta é uma infecção causada pelo parasita Toxoplasma gondii presente nas fezes de gatos, carnes cruas ou mal passadas e saladas mal lavadas que pode passar através da barreira placentária e provocar lesões no feto. Desde que sejam tomadas algumas medidas de prevenção, não há necessidade de criar ansiedade nem mudar hábitos drasticamente. As sugestões são: evitar saladas mal lavadas, evitar enchidos, evitar camarão e limpar a areia dos gatos com luvas ou pedir a alguém que o faça durante os primeiros 4 meses. Depois dessa altura o bebé já está formado :)

- Ácido Fólico
O ideal é que todas as mulheres no seu período fértil e sexualmente activas tomassem ácido fólico como complemento e de forma a prevenir mal formações fetais. Muitas vezes, quando as mulheres descobrem que estão grávidas, o primeiro desenvolvimento fetal já aconteceu. Em mulheres que planeiam engravidar, aconselha-se que tomem ácido fólico nos 3 meses anteriores à concepção. A ingestão de ácido fólico evita espinha bífida, lábio leporino e mal formações no tubo neural.

-Hemoglobina
A anemia da gravidez não se trata verdadeiramente de anemia. Os valores de Hb são mais baixos porque há uma diluição o sangue pelo aumento de líquidos que a gravidez comporta. O estudo realizado por Steer P e Alam MA com 150 000 mulheres avaliou a relação entre os níveis de Hb, o risco de prematuridade e peso à nascença em bebés de termo. Conclui-se que a tava de Hb que corresponde a melhores pesos à nascença se situa entre 8,5 e 9,5g/dl. Quando a Hb se encontra acima de 10,5g/dl há aumento do risco do bebé nascer prematuro e quando a Hb se encontra abaixo de 8,5g/dl é aconselhada a toma de ferro.

-Ferro
A ingestão de ferro é necessária quando há anemia na mulher anterior à gravidez ou quando a hemoglobina baixa muito durante a gravidez (<8,5g/dl). A toma de ferro sem estas indicações é desaconselhada uma vez que provoca obstipação e/ou diarreia e azia à grávida, compromete o crescimento fetal uma vez que diminui a absorção de zinco (factor de crescimento fetal), aumenta o risco de pré-eclâmpsia porque tem propriedade oxidantes que levam à libertação de radicais livres. Para as mulheres que tem anemia anterior à gravidez, ou em que a Hb baixa muito durante a gravidez, há alimentos ricos em ferro que ajudam a aumentar os níveis de Hb, são eles:

  • beterraba
  • raminho de salsa/dia
  • agriões
  • couve
  • favas
  • lentilhas
  • ervilhas
  • grãos
  • caju
  • nozes
Também é importante saber que a ingestão de vitamina C - presente nos citrinos, por exemplo, juntamente com o ferro aumenta a sua absorção. Pelo contrário, a ingestão de cálcio - presente no leite, por exemplo, juntamente com ferro impede a sua absorção. O café, chá e chocolate também diminui a absorção do ferro pelo que deve ser evitada. 

- Diabetes gestacio nal
A diabetes gestacional acontece durante a gestação e não deve ser confundida com a diabetes crónica. É diagnosticada através da análise de glicose no sangue após a ingestão de um concentrado doce (75g de glicose dissolvida em 300ml de água). A menos que haja factores de risco para esta doença, é preferível fornecer à grávida informação nutricional e exercício físico, do que estar a fazer a análise uma vez que não será administrada insulina pelo risco aumentado de baixo peso do bebé à nascença. 
Os factores de risco para a diabetes gestacional são:
  • obesidade
  • ganho de peso excessivo
  • história familiar de diabetes
  • baixa estatura da mãe (<1,50m)
  • crescimento fetal excessivo
  • hipertensão arterial
  • antecendentes de morte fetal/neonatal
  • bebés anteriores com macrossomia (>4kg)
  • glicose na urina
A nível nutricional e de exercício, a grávida deve preferir fruta inteiro, pão escuro e fazer exercício diário (caminhada por exemplo). É importante evitar açúcares simples como refrigerantes, bolos, pão branco e sedentarismo. Tendo em atenção esta informação e cumprindo durante a gravidez, pode-se evitar o teste da glicémia se a grávida assim o entender.

- Ecografias
As ecografias são cada vez mais pedidas para ver o tamanho, o sexo, o peso, a placenta, o útero, as feições do bebé, a posição do bebé, etc.
A verdade é que a ecografia é uma técnica da medicina relativamente recente e ainda não há estudos em humanos conclusivos sobre as desvantagens ou perigos destas para os bebés. Assim, é importante saber que há 3 ecografias fundamentais durante toda a gestação:
  • 12 semanas - para saber a data prevista do parto (mulheres com ciclos regulares podem facilmente calcular a data prevista do parto, evitando esta ecografia)
  • 16 semanas - para detectar malformações
  • 32 semanas - para diagnosticar placenta prévia

Como vêem há vários aspectos a avaliar durante as consultas gestacionais. 
É importante conhecer cada um deles para que, na altura de os ouvirmos pela boca do médico, não sejam assustadores nem uma fonte de ansiedade para a grávida. Escutando o corpo e o seu bebé, serenando e conhecendo, a futura mamã saberá quando algo não está bem consigo e quando será mesmo preciso recorrer ao médico :)

(adaptado do "Manual de Doulas" da Doula Maria Luísa Condeço)

Até há bem pouco tempo não fazia ideia como se calculava a data prevista do parto. Nunca sabia se a contagem começava no primeiro dia da última menstruação ou no último, quantos dias ou semanas se contavam...
Quem já é mãe, provavelmente já teve contacto com uma calculadora como esta. No entanto, quem é a mãe de primeira viagem pode não conhecer nem saber ao certo como se usa e para que serve.

Saber a data prevista do parto é muito importante. Saber a partir de quando é preciso estar mais atenta a sinais que indiquem o início do trabalho de parto, ter tempo para planear, estruturar a dinâmica familiar e preparar o ninho para a chegada do bebé. 

Há bebés que nascem exactamente 280 dias depois do primeiro dia do último período menstrual, mas muitos nascem duas semanas depois e por vezes mais cedo. A duração da gravidez é normal entre as 38,5 e as 42,5 semanas.
Apenas 5% das mulheres têm os bebés no dia esperado. A maioria tem cerca de 1 semana depois! O que nos alerta para o facto da indução às 38 semanas (apenas porque não nasceu até então) ser um bocadinho prematuro, quando o bebé pode querer nascer 3 semanas depois, por exemplo.

Então a data prevista de parto calcula-se através da contagem de 40 semanas a partir do primeiro dia da última menstruação
Podem calcular directamente aqui.

  • E se não souber o primeiro dia da última menstruação?

Isto é comum em mulheres com ciclos menstruais irregulares ou que não registam sistematicamente os seus ciclos. Assim, a data prevista do parto consegue-se saber com aproximação através de ecografia.

  • Qual é o risco de deixar o bebé muito além do termo (>42 semanas)?

A placenta torna-se, gradualmente, menos eficiente nas suas funções e finalmente, se o bebé permanecer in útero durante muito tempo, morre de envelhecimento. Alguns dos sinais que os bebés pós-termo apresentam são uma pele muito enrugada, unhas compridas que precisam imediatamente de ser cortadas e zonas brancas na placenta.

  • O que fazer quando chega a data prevista do parto e não há sinais de trabalho de parto (TP)?

Nas semanas anteriores ao parto, pode haver uma planificação dos tempos livres do casal e incluir idas ao cinema, ao teatro, concertos ou saídas com amigos. Quando a data prevista chegar e não houver sinais nenhuns de início de TP, oa companheiroa da grávida pode planear algum tipo de divertimento uma vez que a preocupação, o tédio e o excesso de fadiga são grandes ameaças à paz de espírito da mulher nessa altura.

(fonte: Calculadora de http://www.moondragon.org/pregnancy/calculator.html)

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