Para mim a amamentação sempre foi algo muito natural. Quando brincava com bonecas levava-as ao peito e segurava na maminha em pinça como via fazer. Punha a arrotar e tudo (ahah, muito completa que eu era nas minhas brincadeiras).
Quando fiz a formação de Doulas e tive contacto com as primeiras CAM's (Conselheiras de Aleitamento Materno) e com informação sobre Aleitamento, mais sentido me fez. Para mim amamentar seria tão natural quanto ser mãe. A informação que obtive no módulo de Amamentação (há 4 anos atrás) foi surpreendente pela sabedoria do nosso corpo em produzir exactamente aquilo que o bebé precisa e também pela sabedoria do próprio bebé em saber mamar.
Quando pensava em fazer formação em Aleitamento Materno como complemento ao meu trabalho de Doula e, principalmente, como ferramenta para mim mesma quando chegasse a altura de amamentar, não me sentia suficientemente motivada para o fazer. E nunca cheguei a fazer.
Houve um dia que, num curso de Preparação para o Parto que dei, convidei uma CAM para dar o módulo de Amamentação e fiquei a assistir. Ela tinha uma paixão a falar e tanto conhecimento que eu comecei a olhar para o Aleitamento de outra forma. Afinal, ainda que seja algo tão natural quanto parir, há muita técnica também e muita informação que é preciso ter. Fiquei ali a absorver tudo quanto podia.
E assim foi acontecendo ao longo destes anos. Sempre que ouvia falar de Aleitamento, punha as orelhas a postos e tornava-me esponja.
Ao longo da gravidez e com o aproximar da amamentação comecei a sentir vontade em saber mais e em formar-me também como CAM para poder ajudar mais e melhor as famílias que se confiam a mim. Em breve tratarei disso :)
O que quero aqui partilhar é a nossa experiência com a Amamentação durante a primeira semana de vida do Vasco - o bom, o menos bom e o óptimo. E dizer-vos também que a nossa experiência tem sido tão natural, fluída e positiva porque efectivamente tenho muita informação guardada que agora coloquei em prática. Se não soubesse tanto sobre isto, talvez a nossa experiência tivesse sido menos harmoniosa.
Então, vamos recuar ao dia em que o Vasco nasceu :)
O Vasco veio à mama cerca de 30 minutos depois de nascer com ajuda da enfermeira parteira. Eu estava deitada na cama a caminho do recobro e não conseguia ver bem a boca dele nem o meu mamilo e só com uma mão livre não consegui orientá-lo. A parteira pegou na minha aréola em pinça, aproximou da boca dele e ele pegou logo. Ela até disse "Ah, ele já nasceu ensinado". E ali ficou a sugar cerca de 20 minutos.
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O primeiro contacto da boca do bebé com o mamilo + aréola é estranha. Não me lembro que tenha doído a primeira vez mas lembro-me de da sensação de aperto e sentir a mama a ser sugada ritmicamente.
Dali a 3 horas, mais ou menos, ele começou à procura da mama e ofereci-lhe a outra. Agora já estávamos sozinhos e eu sabia, teoricamente, como fazer. Para mim era fundamental que a pega fosse bem feita desde o início. Sabia as consequências de uma pega mal feita, sabia que ele estava a aprender a mamar por isso queria que aprendesse bem desde logo.
Sempre que ele fazia boca de passarinho, pequenina, eu tirava-o da mama e dizia-lhe "Não filho. Boca grande. Faz lá!" e assim era. Só quando fazia boca grande e apanhava a maioria da minha aréola eu deixava ficar. Mais uma vez, o contacto da boca e sucção dele com a minha mama (nas 2/3 primeiras vezes) não era problemático mas, quando terminava de mamar, o mamilo estava tão sensível, mas tãaaao sensível e com bolhinhas da sucção que era altamente desconfortável.
Perguntei a uma enfermeira se confirmava que a pega estava bem feita porque aquelas bolhas eram dolorosas. Ela confirmou que sim, que era mesmo o mamilo a adaptar-se. Passadas umas 5 ou 6 mamadas eu tinha os mamilos em papa - aquelas bolhas que ficavam vermelhas quando ele largava a mama e que eram mesmo muito dolorosas ao toque. Cada vez que terminava a mamada colocava Purelan (Lanolina) de uma amostra que tinha levado para a Maternidade e deixava o mamilo ao ar.
Cada vez que ele pegava na mama era uma dor no mamilo! Parecia que tinha agulhas a espetarem! Respirava fundo, muito fundo, pensava que tinha acabado de parir e nada era mais desafiante do que o parto. Dali a umas 3 ou 4 sucções já não doía mais.
No segundo dia na Maternidade, os meus mamilos estavam tão sensíveis que eu andava com a bata do hospital aberta para a frente e, na zona do peito, totalmente aberta. Era simplesmente impossível ter qualquer coisa a tocar nos mamilos. Até as fitas da bata, só de rasparem com algum movimento meu, dava vontade de gritar.
Quando chegou a hora das visitas, não me intimidei nada e mantive-me assim, maminhas ao léu e pronto.
Uma amiga perguntou-se se queria que me levasse as conchas e eu aceitei de imediato. Pareceu-me a solução ideal para que nada me tocasse nos mamilos. Ansiei a chegada dela mas, não a avisei que os planos de parto tinham mudado e, em vez de ir ter connosco a Cascais, foi a Almada, ao Garcia de Orta. Portanto, nada de conchas para ninguém e a saga dos mamilos continuava. Entretanto a minha amostra de Purelan (Lanolina) tinha acabado e, reparei que não me sentia pior por isso. Senti que o leite e o ar apenas era mais eficaz do que a pomada.
Na segunda noite no hospital tive a subida do leite. De manhã quando me vi ao espelho fiquei incrédula. Parecia MESMO que tinha implantes. Eu, pessoa com maminhas mais pequeninas de sempre, agora com aquele volume ahah. Até me ria sozinha tal era o cenário! Mas, para além da parte cómica, havia também a parte desconfortável. As mamas super inchadas e duras, pesadas e com a pele já a reluzir. Achei que era boa ideia massajar no banho com água quente e tratei de levar o Vasco comigo, no berço, para dentro da casa de banho.
Não havia grandes diferenças. Não saía pinga de leite com a massagem, mas o quente sabia bem e isso compensava.
Os primeiros dias em casa, no que toca a este assunto, foram desafiantes. Sentia as mamas muito cheias, duras, quentes e sentia pequenos nódulos em várias zonas. Sabia que não podia deixar encaroçar e por isso, fazia 2 banhos longos, quentes, diariamente. Cheguei a pedir a bomba de extracção manual à minha cunhada para ver se sentia algum alívio. Mas não. Saía pouco leite, o mamilo ficava igualmente sensível e pouco mais.
Só me apetecia ter as maminhas ao ar, mas já não era viável porque já pingavam leite. Não sabia muito bem como gerir isto. Entre usar soutien de amamentação para ter discos absorventes e os mamilos apertados contra tecido ou mamas livres e a pingar leite por todo o lado. (Foi aí que percebi a importância de não termos visitas nos primeiros dias! Como gerir isto tudo?)
Bom, entretanto as conchas emprestadas chegaram e eu respirei de alívio. Conseguia ter os mamilos livres e a roupa vestida. Perfeito! E foi perfeito até ficar com engurgitamento numa zona da mama depois de ter saído de casa com as conchas postas e pano babywearing ao mesmo tempo. Passo a explicar - as conchas, ainda que com parte de silicone, criam pressão na mama. Mais um bebé junto ao peito com pano babywearing? Péssima ideia! (Fica já o aviso para vocês- o que NÃO FAZER).
Cheguei a casa depois dessas 2/3 horas de disparate e notei uma zona vermelha na mama direita. Sabia que era engurgitamento mas não percebia porquê. Ele estava a fazer bem a pega. Eu até alterava as posições em que ele mamava para drenar o máximo possível a mama...Não entendia. Voltei para o banho e massajava da forma que podia e conseguia. Era doloroso e, pior, parecia não ter resultado nenhum. Já não sabia o que fazer. Punha gelo depois dele mamar, punha couve, fazia a massagem e os banhos quentes, punha o queixo dele o mais próximo possível da zona vermelha para drenar...enfim. No dia seguinte senti-me doente. Sentia-me febril, pesada, sonolenta e, acima de tudo, preocupada.
Comecei a fazer um homeopático para ajudar na inflamação, deixei de usar as conchas imediatamente, não usava soutien e evitava qualquer pressão na mama (com ele no colo era difícil e à noite tinha de dormir com o braço para cima para ter a mama o mais livre possível).
Tive de ser muito disciplinada no que toca às massagens e aos banhos quentes. Era mesmo necessário e, no mínimo, 2 por dia.
Bom, no final da primeira semana, senti que a produção de leite já estava equilibrada às necessidades do Vasco e as mamas estavam a voltar ao confortável. Já não as sentia demasiado cheias nem duras, a vermelhidão estava a passar, os pequenos nódulos dissolviam-se com massagem intensa e os mamilos já estavam habituados à sucção.
Por esta altura o soutien era usado apenas quando saía de casa com os discos de amamentação reutilizavéis, o Purelan já estava posto de lado e as conchas eram usadas apenas durante as mamadas nocturnas. Enquanto o Vasco mamava de um lado, eu colocava a concha do outro só para apanhar o leite que pingava (e que era bastante!).
Para além desta adaptação à amamentação propriamente dita - que considero normal e comum, outra questão pouco falada e que senti bastante foi - a POSTURAL CORPORAL (mas isto fica para um outro post).
Descobri que, mais do que me preparar física, emocional e espiritualmente para receber um bebé em mim, mais do que querer uma doula para me apoiar na minha gravidez e parto, mais do que querer dar muuuuuuito colo e muiiiita mama e muito respeito e muita parentalidade positiva aos bebés que serão os meus filhos, vou seguir uma filosofia de vida (será?) que engloba TUDO isto.
Tudo isto se enquadra numa forma de criar e por isso eu a ter chamado de filosofia de vida, tal como o vegetarianismo ou a macrobiótica. O nome deste estilo de vida com foco na educação e criação é CRIAÇÃO COM APEGO ou ATTACHMENT PARENTING (Hoje em dia há nomes para tudo não é? :))
A Criação com Apego não é mais do que a criação de vínculos fortes com os nossos filhos e tem 8 princípios fundamentais. Cada um pode ser muito desenvolvido e desconstruído em vários pontos, no entanto e para uma primeira abordagem, vou trazer o resumo que li, feito pelo Thiago Queiroz do paizinhovirgula.
A criação com apego começa exactamente, como eu defendo, antes da gravidez!
- P1: Preparando para a gestação, nascimento e criação
- Que tipo de pessoa sou? Estou resolvida? Tenho inseguranças? Traumas? Crenças? Eu acredito que é fundamental auto descobrirmo-nos e conhecermo-nos. Se há partes de mim que eu não conheço, que não são plenas nem felizes, como posso eu ser o exemplo para o meu filho? Aqui pode ser importante fazer trabalho emocional e ir à própria infância perceber que filhos fomos, que pais tivemos...
- Depois avaliar os tipos de parto que existem, o que mais se identifica comigo, por que procedimentos médicos vou passar, ou não, qual a forma que escolho para trazer ao mundo o meu filho?
- Escolher uma doula que me ajude neste processo, tanto a nível emocional como informativo
- Pesquisar também sobre cuidados ao recém nascido para me irs preparando para a chegada do bebé e para me sentir mais segura e capaz.
P2: Alimentando com Amor e Respeito
- Amamentação como primeira escolha
- Entender que o estômago do bebé é pequenino e aceita pequenas quantidades de leite de cada vez,. O bebé precisa de mamar não só porque tem fome e descomplicar este assunto - amamentar quando o bebé precisa e satisfazer a necessidade do momento - amamentação em livre demanda
- Criar vínculo com o bebé através da amamentação, trocar olhares. Os recém nascidos precisam que os olhos da mãe e do pai se centrem neles. Faz parte e é essencial para o seu desenvolvimento.
- Iniciar a alimentação sólida quando o bebé mostra sinais de que quer isso e não porque faz 4 meses ou 6 meses e dizem que está na altura. Estar atenta e respeitar as necessidades e as vontades do bebé!
P3: Respondendo com sensibilidade
- Estar sensível às necessidades do bebé, compreender que há bebés que precisam de mais contacto físico do que outros, que precisam de ajuda para se acalmarem, que o choro é a única forma que têm de mostrar desconforto e respeitar essa comunicação, atendendo com sensibilidade às necessidades dele
- Sermos também empáticos. Se o bebé ou a criança mostra zanga ou raiva ou medo para quê ralhar? Era isso que gostaríamos que fizessem connosco? Se procurarmos entender a razão que está por trás daquele sentimento e confortarmos a criança não é mais benéfico?
P4: Usando o contacto afectivo
- O toque é fundamental para todos nós e mais ainda quando somos crianças. O toque faz crescer, ajuda no desenvolvimento, desperta sensações e aproxima-nos uns dos outros
- Usar a amamentação, a massagem infantil, o colo, os abraços para nutrir o bebé e a criança
P5: Garantindo um sono seguro, física e emocionalmente
- A primeira pergunta que fazem aos pais "Já dorme a noite toda?". É tão importante conhecer o ritmo de sono dos bebés, perceber que o acordar frequentemente é uma questão de sobrevivência! Falei do sono aqui, podem ler mais sobre este assunto.
- Cosleeping - o bebé dorme com os pais e isto pode ser na mesma cama ou no mesmo quarto, desde que haja proximidade - tem mostrado cada vez mais ser seguro e benéfico seguindo algumas regras. O que acontece nestes casos é que quando o bebé desperta ligeiramente tem ali uma presença, uma mão sobre o corpo, um shhhh, que o embala e lhe dá segurança. Ele sabe que não está sozinho e que é seguro dormir. Quando sente fome e começa a dar sinais disso, se a mama estiver próxima, o bebé pode até nem acordar e sente também que as suas necessidades são satisfeitas e mais uma vez que é seguro dormir.
- Não esquecer também que mesmo em adultos há quem tenha dificuldade para dormir e que não gosta de dormir sozinho. Então porque vamos obrigar um bebé a isso? Porque não confortar e ajudar sabendo que nos primeiros meses de vida, muitos bebés não têm maturidade para se acalmarem sozinhos?
P6: Provendo cuidado consistente e amoroso
- Mais uma vez aqui a importância do vínculo. Se deixamos a criança com alguém que não os pais, o ideal é que entre a criança e o cuidador haja vínculo. É muito importante que a criança aprenda a confiar, sabendo que na sua rotina está ao cuidado daquela pessoa, de quem gosta e por quem é amado e respeitado.
- É na primeira infância que as crianças aprendem a criar vínculos. Se estão constantemente a mudar de cuidador ou se são desprezadas ou desvalorizadas espera-se que cresça dali um adulto que não confia nos outros porque as primeiras relações que teve na sua vida não foram exemplo de consistência nem amorosidade.
P7: Praticando a disciplina positiva
- Novamente aqui a importância de tratarmos os nossos filhos como gostaríamos de ser tratados. Colocar medo, manipular, chantagear não é bom para ninguém principalmente em crianças que não sabem ainda defender-se nem conhecem mecanismos para ultrapassar isso. Potenciar a vergonha, a humilhação a uma criança é terrível!! E pode acontecer com coisas simples e muitas vezes inconscientes (a avaliar pelo número de situações do género a que eu assisto no meu dia a dia).
Um exemplo: "não comes a sopa? fico triste contigo".
Porque temos de manipular a criança? Porque ameaçamos assim? Porque não entender a razão pela qual a criança não quer comer a sopa? E negociar se for preciso - "Não te apetece toda, comes o que quiseres!" Não é mimo nem má educação! É compreensão, é explicar a importância da sopa, a importância de, por vezes, comermos alimentos que não gostamos tanto do sabor, que o sabor educa-se...etc.
Porque temos de manipular a criança? Porque ameaçamos assim? Porque não entender a razão pela qual a criança não quer comer a sopa? E negociar se for preciso - "Não te apetece toda, comes o que quiseres!" Não é mimo nem má educação! É compreensão, é explicar a importância da sopa, a importância de, por vezes, comermos alimentos que não gostamos tanto do sabor, que o sabor educa-se...etc.
(A Magda do Mum's the Boss é perita nesta área!!! :))
P8: Mantendo o equilíbrio entre a vida pessoal e familiar
- Aqui o chavão "Pais felizes, filhos felizes". Se não estou bem comigo como posso estar receptiva aos outros? Com sensatez, com equilíbrio arranjar formas de mantermos a nossa individualidade. Antes de sermos mães e pais já existiamos. Parece-me essencial manter este contacto com o nosso ser, que é só nosso e que para além de mãe é também mulher, esposa, filha, amiga, profissional, praticante de yoga, apaixonada pela praia e pelo sol....
- Arranjar formas de nos alimentarmos a nós próprios para podermos ser uma fonte saudável e feliz para os nossos filhos!!
(adaptado de http://paizinhovirgula.com/criacao-com-apego-aquele-resumo-que-voce-sempre-quis/)
Durante o curso de Doulas aprendemos sobre os benefícios (e dificuldades) da amamentação, sobre a forma correcta de pega e como isso compromete a saúde da mãe e a nutrição do bebé, sobre remédios caseiros para alguns obstáculos que surgem durante a amamentação e ainda algumas curiosidades, que pessoalmente, me deixaram AINDA mais fã e defensora da amamentação.
Qual é a primeira coisa que pensam quando vos pergunto: Porque o bebé é amamentado?
Será porque está inseguro? Porque tem sede? Porque quer colo e afecto? Porque tem fome?
O leite é alimento e por isso é normal que associemos directamente à fome do bebé. Mas o leite materno tem muito mais funções que se tornam obrigatoriamente em benefícios da amamentação, sendo: nutrição, imunidade e colo/vínculo.
O leite materno é constituído por:
- >87% água
- proteínas (imunoglobulinas)
- minerais (cálcio, ferro, zinco)
- lípidos (triglicéridos)
- hidratos de carbono (lactose)
Sabia quem a constituição do leite altera-se durante a mamada, durante o dia e durante a vida do bebé, adaptando-se biologicamente às necessidades de cada bebé específico?
Tal como nós temos diferentes necessidades nutricionais ao longo do dia, e o nosso pequeno-almoço difere do almoço e do jantar, também o bebé tem diferentes necessidades ao longo do dia. O leite da mãe tem a capacidade de ir modificando ao longo do dia para suprimir esta necessidade e saciar nutricionalmente o seu bebé.
Em relação à frequência da mamada e sabendo que o bebé precisa de mama para além da fome que sente, sou completamente a favor da mamada em livre demanda. Para além disto, importa também saber que leite materno demora em média 48 minutos a ser digerido, enquanto que o leite artificial demora cerca de 78 minutos.
O que dita a produção e quantidade de leite materno?
Como aparece no vídeo as principais hormonas envolvidas no processo de amamentação são oxitocina e a prolactina.
Enquanto que a oxitocina é responsável pela ejecção do leite, pelo enamoramento da mãe pelo bebé, pelo sentimento de amor, partilha e cumplicidade na hora da mamada, a prolactina é responsável pela produção do leite e é segregada logo após o bebé mamar de forma a potenciar a mamada seguinte.
A prolactina aumenta com o esvaziamento da mama, amamentação em livre demanda e amamentação nocturna uma vez que esta hormona é mais produzida durante a noite. Assim, a amamentação nocturna é muito importante para manter a drenagem do leite sem que haja acumulação deste nas glândulas mamárias.
A prolactina diminui com a a falta de drenagem, isto é, introdução do biberão, posição incorrecta,
mamas doridas e condições psicológicas (medo, ansiedade, crenças limitantes...).
A pega da mama por parte do bebé é FUNDAMENTAL para que a amamentação tenha sucesso.
A mãe deve apoiar o bebé com o braço contrário à mama que vai oferecer. O bebé deve estar com a cabeça para trás, ligeiramente esticada e o movimento de encontro à mama deve ser feito debaixo para cima. Isto é, o mamilo toca primeiro no nariz do bebé e só depois na boca. Nesta altura podemos deixar o bebé procurar a mamã uma vez que quando sentir o mamilo este vai colocá-lo dentro da boca naturalmente. A forma correcta de pegar no mamilo é com a boca bem aberta, os lábios virados para cima e tendo todo o mamilo, incluindo a auréola, dentro da boca do bebé, como mostro na imagem.
O queixo do bebé deve bater na mama enquanto que o nariz e a testa devem estar livres,
Muito importante também é a barriga do bebé estar em contacto e de frente com a barriga da mãe.
Experimentem engolir com a cabeça ligeiramente de lado, em vez de alinhada com o tronco. É confortável? :)
O queixo do bebé deve bater na mama enquanto que o nariz e a testa devem estar livres,
Muito importante também é a barriga do bebé estar em contacto e de frente com a barriga da mãe.
Experimentem engolir com a cabeça ligeiramente de lado, em vez de alinhada com o tronco. É confortável? :)
A chucha deve ser evitada durante os primeiros 2 meses, pelo menos, para não confundir o bebé e atrapalhar a sucção do mamilo.
Sei que existem dificuldades na amamentação e que para muitas mulheres não é fácil este processo.
Existem realmente obstáculos como gretas, fissuras, mastites, crenças sobre leite insuficiente ou falta de aumento do peso do bebé que comprometem seriamente a amamentação acabando muitas vezes por levar à cessação desta. Mas existem também conselheiras de amamentação (aqui) e doulas só para pós-parto (aqui) que estão completamente disponíveis para ajudar.
Sabiam que 98% destes problemas existem por uma única razão? MÁ PEGA. Resolvendo este "pequeno" detalhe, resolvem-se as dificuldades. Claro que é preciso vontade e persistência e foco. :)
Este post já vai longo e num próximo falarei apenas destas mesmas dificuldades e de algumas formas de as contornar :)
Até já!
Sei que existem dificuldades na amamentação e que para muitas mulheres não é fácil este processo.
Existem realmente obstáculos como gretas, fissuras, mastites, crenças sobre leite insuficiente ou falta de aumento do peso do bebé que comprometem seriamente a amamentação acabando muitas vezes por levar à cessação desta. Mas existem também conselheiras de amamentação (aqui) e doulas só para pós-parto (aqui) que estão completamente disponíveis para ajudar.
Sabiam que 98% destes problemas existem por uma única razão? MÁ PEGA. Resolvendo este "pequeno" detalhe, resolvem-se as dificuldades. Claro que é preciso vontade e persistência e foco. :)
Este post já vai longo e num próximo falarei apenas destas mesmas dificuldades e de algumas formas de as contornar :)
Até já!
(imagens http://www.tuasaude.com/como-amamentar-com-sucesso/
http://saberviverconsultoria.blogspot.pt/2011/02/posicao-e-pega-adequada-par-amamentacao.html)
http://saberviverconsultoria.blogspot.pt/2011/02/posicao-e-pega-adequada-par-amamentacao.html)