Quando me perguntam como descobri o meu caminho e esta paixão por ser Doula, tenho sempre dificuldade em lembrar-me quando descobri o que é ser Doula. O momento em que ouvi pela primeira vez esta palavra ou li pela primeira vez a sua definição.

Lembro-me do site brasileiro que descobri na altura e li de uma ponta à outra - A bibliografia da Doula. Lembro-me de ver o conteúdo da formação de Doulas e sentir um entusiasmo desmedido e lembro-me também de, no final da formação, pensar "E agora, como vou pôr isto em prática?" Parecia-me tudo tão vago...

Cada vez que sei que amigas minhas não sabem o que uma Doula faz, sinto-me totalmente incompetente. É certo que não ando a pregar o meu trabalho pelas ruas, mas pessoas que me são próximas e não sabem, só mostra que não estou a passar a informação da forma mais eficaz.

Ontem, durante um jantar de amigos, um dos homens presentes disse "Então qualquer mulher que se queira preparar para o parto, deve fazê-lo com a Doula!" Yeaaaahh, desta vez a mensagem passou!

Na verdade, deve fazê-lo com quem quiser e de acordo com o que precisa. Mas é fundamental que saibamos, socialmente, o que a Doula faz e o que não faz!

Actualmente vivemos, na minha perspectiva, muito isolados. Cada um focado na sua vida, nos seus objectivos, na sua agenda, deixando a partilha de vida de lado.

Quantas de nós fala com as suas avós sobre os partos que elas tiveram? Quantas de nós sabe como nasceu? Com pormenores? O que a outra mulher sentiu quando pariu? Como é um parto? Que fases tem? Como acontece?

Quando a gravidez chega, algumas mulheres sentem necessidade e vontade de se prepararem para o parto e procuram informação de como se faz. Procuram saber o momento em que se vai para o hospital, como se deve posicionar o corpo, como se respira no momento, como se faz força? E este tipo de preparação existe. Mas o que acontece é que a mulher, em vez de reaprender a ligar-se a si, ao seu corpo e às suas necessidades em cada momento, liga-se à teoria. O intelecto comanda. E no parto, isso é tudo o que não queremos!

A preparação para o parto com uma Doula é, normalmente, informativo (com base em evidências científicas), emocional (O que sentes com isto? O que precisas neste momento? Que padrões emocionais trazes e para onde te levam?) e prático (massagem para alívio de desconforto, yoga, caminhada, alimentação). 

Quando, na nossa sociedade, estamos afastadas de nós próprias e das mulheres da nossa família, do nosso círculo, com quem falamos sobre as questões que nos inquietam? Que nos preocupam? Que nos amedrontam nesta fase específica da nossa vida?

As amigas que não estão grávidas talvez não entendam, as amigas que estão grávidas ou já tiverem talvez deem palpites e sugestões que não encaixam com a nossa experiência, e as mães talvez julguem "Eu aguentei as pernas inchadas. Como tu não aguentas?". A Doula é também a pessoa neutra, que não opina nem julga. Ouve e devolve. Procura informação e partilha. Apazigua e acolhe. E isto é muito prático. Não é transcendental.

Tantas vezes que só pelo facto da grávida assumir e expressar "Tenho tanto medo do Parto!", o medo se torna menos forte. Mais fácil de lidar. A Doula ajuda a grávida a encontrar as ferramentas que tem para lidar com o que vier - Medo, Ansiedade, Alegria, Euforia, Zanga, Tristeza...

Na preparação para o Parto, a Doula dá informação ao casal e ajuda-o a sentir o que para si faz mais sentido. A conhecer as alternativas e a escolher de forma consciente e informada. 

Quando está de chamada para Parto, a Doula tem o telefone ao seu lado dia e noite a partir das 38 semanas de gestação, aceita convites avisando que pode ter de sair no início, meio ou fim, tem o depósito de gasolina cheio, a mala de Doula no carro pronta e não sai da zona de residência por mais do que um par de horas. Quando é chamada vai a voar até chegar ao casal. No parto, a Doula protege o ambiente mantendo-o tranquilo, amoroso e feminino, ajuda o pai a lidar com o stress, ajuda a mulher a manter-se ligada a si mesma e ao seu bebé e reforça as suas escolhas e vontades. Ajuda a lidar com a dor e recorda-a que, sendo mulher, tem tudo o que precisa para parir o seu bebé. 

O Pós-Parto é também preparado durante a gravidez. Os cuidados à mulher no Pós-Parto, a Amamentação, os cuidados ao Recém-Nascido, a alimentação, a dinâmica familiar...Tudo isto é falado e preparado durante a gravidez, para que, depois, não seja uma surpresa e não exista stress extra. 

No Pós-Parto a Doula acompanha a mamã na Amamentação, pode preparar comida, ajudar em algumas tarefas de casa, ser um reforço enquanto os pais descansam, ajudar com filhos mais velhos e integrar a experiência de Parto. Mais uma vez, ser uma escuta activa e neutra. Estar disponível para o que for preciso, sem justificação ou incómodos.

Por tudo isto, TODAS AS FAMÍLIAS deviam ter uma Doula. Devia ser um dado adquirido. O Sistema Nacional de Saúde devia oferecer a cada família uma Doula. Uma pessoa com vocação e paixão, disponibilidade e conhecimentos para apoiar o casal neste momento da sua vida. Se assim fosse, tantas mas tantas coisas melhoravam na nossa sociedade!

Um dos factores que uso para classificar o meu trabalho é olhar para a relação dos pais entre si durante e após a gravidez, olhar para a experiência do parto e saber como a mulher se sente com o parto que deve, olhar para a relação dos pais com o bebé e saber o seu vínculo, olhar para a eficácia e prazer da amamentação, olhar para o bebé (é tranquilo? agitado?) e olhar para o pós-parto (como está a ser vivido? em tensão? com tranquilidade?).

E aos poucos, o que era vago, tornou-se muito claro e objectivo. E que efeitos têm estes indicadores a longo prazo? Um casal feliz, uma mulher empoderada depois do parto, um bebé tranquilo, uma família unida e atenta entre si. Que efeitos tem isto na nossa sociedade? Conseguem imaginar o tamanho do que me move? :D

   




Quando soube que a Naoli Vinaver vem a Portugal fiquei tão entusiasmada!! Este ano está a ser um grande ano para o nosso país no que trata de Parto Humanizado! Primeiro veio a Bárbara Harper falar do Parto na Água, agora a Naoli. Yeaah!! 
Que estas mulheres inspiradoras, conhecedoras e desbravadoras de caminhos possam iluminar-nos para continuarmos o nosso trabalho de divulgação e IMPLEMENTAÇÃO do Parto Humanizado em Portugal :D

A Naoli vai estar cá em Julho e vai, durante a sua estadia, fazer Palestras (de entrada gratuita!) e Cursos para Mães, Mulheres, Doulas e Profissionais de Saúde.

Partilho esta informação para que todas as pessoas que se interessam e que actualmente lutam activamente pelo resgate do parto natural no nosso país possam beber desta sabedoria, resgatando também a sua sabedoria ancestral e divulgando este conhecimento no seu dia-a-dia. 
Não estamos a fazer menos do que mudar a Humanidade :D


Palestras com Naoli Vinaver
Dia 1 de Julho sexta-feira às 18h  "SEXUALIDADE, PARTO E VIDA" (entrada livre)

Dia 6 de Julho quarta-feira às 20.30h  "A ARTE E A CIÊNCIA DO PARTO PARA ESTUDANTES E PROFISSIONAIS DE SAÚDE"(entrada livre)

Local: Auditório do polo Calouste Gulbenkian da ESEL. Av Professor Egas Moniz, junto ao hospital de Santa Maria

Formações com Naoli Vinaver
Valores, descontos e Condições de Pagamento

Curso "A Natureza da Vida" (2, 3, 4 e 5 Julho)
Valor: 460€

Curso "A Natureza do Nascer" (7, 8, 9, 10 Julho)
Valor: 480€ (profissionais de obstetrícia)

A Frequência dos dois cursos 
(possível para profissionais de saúde da área da obstetrícia)
Valor: 850€


Estes valores incluem a frequência do curso, coffee-breaks e almoço em todos os dias da formaçã

Nota Importante:
As Inscrições recebidas até dia 8 de Maio têm 20% de desconto.
Para sócios da Apeo existe 20% desconto até 6junho.
Entre o dia 9 de Maio e o dia 5 de Junho têm um desconto de 10%.
Depois do dia 6 de Junho não haverá outros descontos.

Condições de Pagamento
Contemplamos a possibilidade do pagamento ser faseado da seguinte forma:
30% no acto da inscrição + 30% até dia 10 de Junho + 40% no 1º dia do curso

Outras Informações
O número de vagas é limitado e as vagas são preenchidas por ordem de chegada da ficha de inscrição para o email:
naoliportugal2016@gmail.com com o respectivo comprovativo de transferência bancária.
Desistências após 10 de Junho não são reembolsáveis



Ainda embebida em Oxitocina vos escrevo! :D

Estive esta manhã em casa da minha querida amiga e irmã e recém-mamã A. e vim de lá com uma enorme vontade de escrever sobre isto, que é Ser Doula em Pós-Parto. 

Ser doula não é acompanhar durante a gravidez e parto? E no Pós-Parto o que faz a doula? O que faço eu? O que fiz, hoje, eu?

Tínhamos combinado que lá passava hoje, na primeira semana em que estaria sozinha em casa com o seu bebé já que o pai voltou ao trabalho.
De manhã disse-me que se sentia febril, cansada e só lhe apetecia dormir. Apetecia-lhe caldo miso e precisava dele para se recuperar. 


A minha missão hoje era, no mínimo, fazer-lhe o Caldo (ahah). Conseguimos que tomasse banho enquanto eu fiquei com o bebé e conseguimos também que dormissem os dois, mãe e bebé, uma horinha descansados. 
Enquanto o bebé dormia junto a mim, na cozinha, para a mãe dormir efectivamente descansada, consegui preparar o Caldo e ainda dar um jeitinho na cozinha - tirar a loiça da máquina e passar outra por água. 

Enquanto via o S. a dormir, tão descansado, enquanto espreitava a A. a dormir e enquanto me via ali, com mãos molhadas a descobrir os panos, os fósforos, os armários das loiças, sentia TAAAAAAANTA gratidão! Que privilégio poder contribuir para este bem estar!

Quando há 2 anos fiz formação de Sevadar e me inscrevi na Postnatal Support Network estava longe de imaginar o prazer que fazer parte desta rede, activamente, me dá.

Ser doula em Pós-Parto é estar disponível para o que for preciso. Exactamente para o que a mãe precisa para se sentir bem e capaz de cuidar do seu bebé. 
É preciso cortar-lhe as unhas porque ela não se sente muito confortável? 
É preciso tirar a loiça da máquina? Pôr roupa a lavar? 
É preciso ser o colo do bebé para que a mãe esteja uma hora descansada?
É preciso ser a boleia para a mãe ir apanhar ar?
É preciso ir à farmácia comprar qualquer coisa?
É preciso pão?
É preciso massagem?
É preciso mais dois olhos para o bebé porque isso traz tranquilidade à mãe?
É preciso ouvir?
É preciso dar colo para que a mãe possa chorar o seu cansaço e o seu desespero?
É preciso ficar com o bebé para a mãe ir namorar com o pai, meia hora?

O que tu, recém-mamã, precisas agora? Neste instante?
Eu estou aqui, disponível e entregue para ser essa ajuda que precisas :D
Se vocês soubessem a alegria que sinto por ser esta pessoa, esta doula que vos ajuda, também, no pós-parto! :D

Peçam ajuda. Mesmo que achem tonto, desnecessário. Mesmo que achem que podem fazer sozinhas. Sim, podem. Mas se pedir ajuda torna tudo mais fácil, porque não usufruir disso? Cuidem-se! Cuidem de vocês para poderem cuidar dos vossos bebés! 
Há uma série de mulheres disponíveis para vos ajudar, garanto-vos ;)

Se precisarem de Babysitting, Mamasitting  ou Doula Pós-Parto estou aqui! :D







É com tanta alegria e tanto orgulho que partilho convosco esta novidade!


Foi no curso de Doulas que me apaixonei por esta temática. Descobrir, conhecer e desmistificar os procedimentos hospitalares antes de ser mãe foi um dos grandes tesouros que guardei do curso. 

Pode parecer simples, mas de facto, quão importante é conhecermos os procedimentos rotineiros como forma de diminuir o stress, o medo do desconhecido, a tensão e a dor do parto? 
Eu que desde pequena no dentista cerrava os dentes enquanto o médico não me explicava tin tin por tin tin o que ia fazer. Na verdade, vem desde aí este meu fascínio por conhecer o processo para depois me tranquilizar e confiar.

Foi durante o curso que senti a primeira grande atracção pelos cartões dos procedimentos hospitalares usados para experimentarmos fazer o nosso plano de parto. Foi durante o curso que pedi à Luísa os seus cartões e desenhei, seguindo o modelo, os meus primeiros. Simples, limpos, de grafismo básico. Amorosos ainda assim :)

Com o meu crescimento enquanto doula e enquanto mulher senti uma energia criativa enorme nos últimos meses que me fez descobrir o desenho, juntar o desenho ao grafismo, juntar o desenho e o grafismo à informação, e finalmente criar estes cartões do Jogo do Plano de Parto :D

São 18 procedimentos hospitalares, nomeados e ilustrados na parte da frente e definidos e apresentados com vantagens, desvantagens e algumas indicações/dicas na parte de trás.

Estão a partir de agora disponíveis para encomenda través do email uaumama.blog@gmail.com!!
Cada pack tem o valor de 20 *

Muito muito obrigada ao Gonçalo, que me mostrou que eu era capaz de desenhar, que me ensinou a trabalhar com o programa informático necessário e que me ouviu vezes sem conta durante este processo criativo. Muito obrigada à Doula Luísa Condeço que desde o início (desde aqueles cartões simples simples) confiou na minha capacidade de criar maravilhas destas e permitiu que eu verbalizasse esta ideia antes de a concretizar, incentivando-me e acarinhando-me de uma forma tão especial que só ela. Muito obrigada à Maria pelo tempo, pelo carinho, pela disponibilidade, pelo talento e pela sensibilidade que permite que estas fotografias existam e que estes vídeos sejam o encanto que são. Muito obrigada também à Andreia que me tem acompanhado nesta jornada e a quem mostrei os primeiros desenhos. Muito obrigada à Rita pela alegria e pelo incentivo que sem saber me deu. Muito obrigada à Tânia por me ter ajudado a elaborar o cartão da Conservação da Placenta, informação preciosa que sem ela teria sido difícil! 


Um bocadinho em continuação do post anterior, hoje partilho convosco a Técnica de Rebozzo, uma vez que é uma das ferramentas que podem ajudar no alívio das dores de costas.

Esta técnica consiste em abanar ou chocalhar todo o abdómen da mulher grávida, relaxando os ligamentos redondos do abdómen e ajudando o bebé a posicionar-se durante a gravidez ou mesmo durante o trabalho de parto. Para além disto, ajuda efectivamente a mulher a relaxar.

No hospital existem relaxantes musculares e narcóticos que potenciam o relaxamento muscular de toda a zona abdominal, no entanto, podem aumentar o tempo de trabalho de parto. Assim, esta técnica de origem mexicana, ajuda no relaxamento materno e diminuição das dores do parto, sendo uma técnica não farmacológica de alívio da dor.

A técnica pode ser feita durante a gravidez - idealmente uma vez por semana e durante o trabalho de parto - entre as contracções uterinas.

Quando NÃO USAR?

> Esta técnica não deve ser usada em casos de ameaça de aborto, em mulher com sinais de hemorragia ou cólicas no baixo ventre no início da gravidez, mulheres com histórias de abortos espontâneos no final da gravidez ou perdas gestacionais anteriores.

Quando devemos ter ESPECIAL ATENÇÃO?


> Quando os ligamentos abdominais estão apertados ou há cólicas abdominais a meio ou final da gravidez, o uso de rebozzo não é perigoso. No entanto, o facto de abanarmos a região abdominal pode provocar espasmos muscular e provocar dor. Assim, fazer apenas uma elevação e balanço muito suave e leve é o mais indicado.

> Em casos de placenta anterior é melhor não aplicar a técnica (a autora aqui refere não haver estudos neste sentido, mas intuitivamente ela prefere não fazer).

É necessária haver sensibilidade por parte de quem está a aplicar a técnica de forma a sintonizar-se com a grávida e com o bebé e ir sentindo se a forma como está a aplicar a técnica está a ser prazerosa ou não para a grávida. Ir ajustando, comunicando, sentindo é fundamental.



Como se aplica a técnica de Rebozzo?


> Usamos um lenço, um xaile grande ou até mesmo o pano porta-bebés, aproximadamente com 3 metros de comprimento;

> A mulher deve ajoelhar-se em frente a uma cadeira, sofá ou bola de pilates e o lenço é colocado à volta da barriga, de forma a embrulhar toda a zona abdominal;
> Colocamo-nos atrás da grávida, em pé e agarramos o lenço como mostra a imagem acima. A grávida normalmente sente alívio nas costas quando suportamos o peso da barriga e só por isto já vale a pena;
> Começar com movimentos lentos primeiramente e depois aumentar o vigor e a velocidade. Não são movimentos grandes nem "agressivos", são apenas rápidos -  o típico "chocalhar" (é importante saber o feedback da grávida, avaliar a pressão e a velocidade);
> Depois de 2 minutos (é aproxidamente o tempo de começar a doer os braços ahah) vamos desacelerando, gradualmente até parar.
> Vamos repetindo até ser confortável para a grávida e para nós ;)

Para além desta posição do pano, podemos também colocá-lo sobre as ancas, embrulhando toda a zona das nádegas, como mostra o desenho:



Quando aplicar a técnica de Rebozzo?
> Uma vez por semana é maravilhoso;
> Em cada consulta pré-natal com a doula ou parteira;
> Durante o trabalho de parto, entre contracções;
> Até 4 cm de dilatação no trabalho de parto, se o trabalho de parto for longo - entre contracções

Podem ver vídeos explicativos aqui, aqui e aqui.

Resumindo, a técnica de Rebozzo faz parte de uma massagem feita à grávida ajudando-a a descontrair fisicamente, soltando os músculos da zona abdominal, lombar e quadris e emocionalmente, já que o movimento é ritmico e induz o relaxamento. Para além dos benefícios maternos, ajuda também o bebé a acomodar-se na bacia e a encaixar-se para o parto. 

Por isso, grávidas, se sentiram curiosidade em experimentar esta técnica, peçam-no à vossa Doula ou Parteira e usufruam deste balanço! :)


(texto traduzido e adaptado de http://spinningbabies.com/learn-more/techniques/the-fantastic-four/rebozo-sifting/
imagens e desenhos retirados de http://www.bigbellyservices.com/Rebozo%20workshop.htm
http://www.birthingnaturally.net/cn/tool/rebozo.html
e http://www.gestandoecriando.com.br/2014/01/como-doula-ajuda -gestante-com-o-rebozo.html)







 
Porquê? Para quê? O que me leva a ser Doula? Doula? Mas quase ninguém sabe o que isso é. Porque é que queres ser isso que quase ninguém sabe o que é? E tem aceitação? Ou és doula para ti própria? E há quem esteja disposto a pagar? Mas precisas de ter tanto tempo livre. Tens? Consegues ter? O que sentes quando dizes "Eu sou Doula."?
 
O que eu sinto quando digo "Eu sou Doula" é um contentamento tão grande, uma plenitude imensa que só me apetece sorrir e sorrir e depois chorar de tamanha emoção.
Ser doula para mim é ouvir, é partilhar a sabedoria que trago em mim e que mentalmente não sei de onde vem. É ser um espelho de quem me procura, mostrando a realidade e levantando questões.
É devolver ao casal o poder que eles têm. É dar atenção, mostrar cuidado e mimar. É ser a voz do bebé que está no útero ou que esteve e que saiu cedo demais.
É chamar a consciência, é alertar para as escolhas feitas e mostrar alternativas.
É falar de aborto e ser o ombro de apoio, é falar de aborto e ser os braços que se abrem.
É ouvir as perguntas que me fazem e devolver as mesmas perguntas lembrando que cada um de nós tem a resposta a todas as questões.
É ser o silêncio. É ser o olhar. É respeitar o silêncio e respeitar as palavras.
É sentir o coração transbordar de alegria e sentir que não há outra forma de viver para mim. É sentir que ser doula faz parte de quem eu sou e ser muito muito grata por ter o privilégio de acompanhar estas famílias.
 
E sentir que há mulheres que realmente valorizam esta missão que tenho e que sentem a mais valia de ter o meu acompanhamento é qualquer coisa de estrondoso!
E de repente descubro, concretizando, o trabalho da minha vida.


Bom dia!
Partindo do princípio que já todas sabemos as inúmeras vantagens de ter uma doula (podem rever alguns dos benefícios aqui), hoje a questão que nos trago é a seguinte: "Como sabemos quem é a nossa doula?"
Porque a minha irmã me escolheu a mim em vez de escolher a nossa mãe para a acompanhar durante o trabalho de parto? Porque eu escolhi aquela doula específica durante o meu curso de Doulas quando tinha mais 5 mulheres disponíveis para me prestar esse apoio? Porque eu, enquanto doula, não sou escolhida? 
Quando uma mulher grávida procura por doulas, tem uma lista de nomes e caras e mini biografias a que pode aceder. E depois? Como se opta por A ou B? Enquanto doula o que sugiro é que procurem pela vossa área de residência para facilitar os encontros e o acompanhamento durante o parto e sintam o que acontece em vocês quando vêem a fotografia e lêem a sua mini-história. Sentem empatia? Curiosidade por conhecer aquela doula? Sentem indiferença? O que é?
Depois apontem o nome e contacto de 3 ou 4 ou 5. O número que vos apetecer e fizer sentido. 
E depois entrem em contacto com essas doulas. Peçam para marcar um encontro informal onde família e doula se possam conhecer.
Lembrem-se sempre que a doula é a pessoa que vos vai apoiar emocionalmente e teoricamente durante os próximos meses e mais, vai estar convosco num dos momentos mais importantes da vossa vida, o nascimento do vosso bebé. É realmente importante que a relação que se estabeleça seja de confiança, de partilha, de intimidade até. O parto faz parte da vida sexual da mulher! 
Como escolhemos nós o parceiro com quem partilhamos a nossa intimidade? Temos alguns critérios específicos não é? Assim será com a doula, na minha opinião, claro.
Todas as doulas são especiais e únicas, assim como todas as mulheres grávidas (como todos os seres do nosso Universo aliás). A experiência de cada uma é uma grande mais valia. A sua sensibilidade, a disponibilidade, os seus conhecimentos teóricos, a sua capacidade de lidar com emoções, a sua honestidade, a doçura e a bravura, a sua linguagem, a sua perspectiva de vida! Tudo, tudo conta. 
E é fundamental que a relação seja mútua, tanto a grávida como a doula se identifiquem uma com a outra e dêem as mãos para juntas partilharem este caminho que é a gestação de um novo ser e o momento em que deixa o útero, o seu ninho querido, para entrar no mundo físico, extra-uterino, repleto de luz, sons, alterações de temperatura, temperamentos, micróbios, fungos e bactérias...
A doula ajuda a mulher nas suas decisões, apoiando-a, empoderando-a, relembrando-a das suas capacidades inatas para gerar vida e para parir. E haverá mulheres que precisam de muita informação teórica, de se rodear de evidências científicas e apoio médico e mulheres confiantes em si, no seu corpo, que precisarão apenas de saber que no momento do parto todo o ambiente estará protegido, que a doula será essa guardiã. E está tudo certo! E faz tudo parte. E gratas somos pela diversidade! 
Por isto, antes de escolher a sua doula, conheça algumas doulas, coloque questões, sinta a ligação ou não que surge, siga a sua intuição e comece desde logo a fazer escolhas conscientes ;)


A pergunta é esta: "Porque parto é sinónimo de dor?"
Pessoalmente nunca fui muito de associar o parto a dor, mas na sociedade em que vivemos é muito frequente fazermos esta associação. Com a palavra "parto" vêm também palavras como "medo", "dor" e "sofrimento". 
Quantas histórias de parto já ouviram? Quantas foram positivas? E quantas foram  traumáticas?
São muito mais as negativas e assustadoras, não são?

Primeiro, acho que as histórias que se contam contribuem muito para a propagação do medo. As histórias são verdadeiras e não acho que devemos mentir sobre elas, mas é preciso contextualizar que muitas vezes não há trabalho de preparação antes do parto. Não há informação, nem escolhas, nem familiarização com os procedimentos médicos nem o conhecimento sobre a fisiologia do parto. Quando as mulheres chegam ao momento do parto já sentem tanto medo pelo que o ouviram, pela dor que hão-de sentir, pelo processo desconhecido pelo qual vão passar, que o mais provável é que vivam também elas um parto sofrido.

Sugiro então que aceitem o desafio de desconstruir o medo à volta do parto e encará-lo. Vamos?? :)

1. Medo da dor

A dor é subjectiva e varia de pessoa para pessoa. Todos nós temos diferentes sensibilidades e diferentes tolerâncias à dor e por isso o que para mim é insuportável para si pode não ser. É certo que se o corpo está a abrir para permitir a passagem e saída do bebé é normal que se sinta dor. No entanto é bom recordar que o corpo se preparou para esse momento durante nove meses! As articulações  e ligamentos tornaram-se mais flexíveis e móveis, os ossos da bacia foram alargando progressivamente e até a caixa torácica aumentou de tamanho para melhorar a respiração.
A dor do parto é das poucas dores que significa que está tudo bem, que o nosso corpo está a fazer o trabalho certo!
A dor tem uma função fisiológica, sabiam? A dor das contracções permite que haja descontracção entre elas. Como? Experimentem contrair neste momento todo o vosso corpo. Contrai contrai contrai e agora descontrai! Qual é a sensação? :)
A dor permite a libertação de endorfinas que são os analgésicos naturais produzidos pelo corpo e induz um estado alterado de consciência.
Como em tudo na nossa vida, quanto mais combatermos a dor, maior ela se apresenta. Quando estamos com fome, se pensarmos "estou com fome, estou com fome", sentimos mais ou menos a fome? :)
A dor pode ser aceite! A partir do momento em que a entendemos, comprendemos porque existe e para que serve, podemos torná-la nossa aliada em vez de nossa inimiga.
Mais uma vez o ciclo do medo aqui presente: se existe medo, existe tensão e existe dor. Enquanto doulas, se trabalhamos a confiança, a segurança, a informação e o empoderamento da mulher conseguimos quebrar o ciclo, conferindo maior tranquilidade e menos dor.

2. Medo do desconhecido

Quantas de nós conhece o seu corpo? Conhece os sinais e sintomas do corpo? Estamos preparadas para o escutar e atender às suas necessidades? Acredito que cada vez mais nos distanciamos de nós próprias nesse sentido.
É normal ter medo do desconhecido, provavelmente é um dos maiores medos do ser humano. Quando conhecemos sentimo-nos mais seguros e mais tranquilos. Assim é fundamental conhecer o processo pelo qual vamos passar durante a gravidez e parto. Conhecer a fisiologia do parto, saber o que abre, quando abre, o que contrai e porquê, o que acontece ou pode acontecer, o que é normal e não é...enfim, conhecer mesmo o processo pelo qual o bebé nasce. Aqui reside, na minha opinião, uma das grandes mais valias das doulas - fornecer apoio informativo! :)

3. Medo do hospital

O hospital pode ser visto por muitos como um lugar seguro, onde realmente estamos "a salvo", mas pode ser também visto como um ambiente hostil, onde as doenças proliferam e onde a privacidade e o cuidado é algumas vezes negligenciado. 
Para muitas mulheres, só os termos técnicos e os procedimentos médicos são assustadores. Como podem os profissionais de saúde falar de "tricotomia", "episiotomia", "reanimação" sem explicar às utentes do que estão a falar?
Muitas mulheres podem sentir medo da solidão, de ficarem sozinhas na sala de parto, de não puderem pedir ajuda toda a vez que precisam de apoio, de ficarem sem o seu bebé nos braços mal ele nasça...


É muito importante falar sobre todos os medos que possam surgir e preferencialmente durante a gravidez, na fase de preparação para o parto, para que seja possível desmistificar todos os medos e dúvidas e evitar que as mulheres os carreguem até ao momento do parto.

Em suma, acredito sim que a dor é subjectiva, que podemos encará-la em vez de fugir dela. Que podemos preparar-nos para a sentir e arranjar ferramentas de alívio da dor. Acredito também que é essencial que a mulher grávida sinta realmente o local onde se sente segura - se a segurança está em casa porque vai ela para o hospital? Ou o contrário - se a mulher se sente tão segura no hospital porque tenta acreditar que a sua casa é o local perfeito para ter o seu bebé? Honestidade acima de tudo. É tão importante a verdade para que seja possível desconstruir crenças, avaliar preconceitos e alterá-los! 

As doulas têm essa missão. Ser o espelho das mulheres, mostrar o que existe e que por vezes não queremos ver. Tu, tens medo? Assume-o! Está tudo bem! :)


(adaptado do "Manual de Doulas" da Doula Maria Luísa Condeço
imagem de http://www.traditionalwisdom.com.au/blog/category/birth%20preparation)

Descobri que, mais do que me preparar física, emocional e espiritualmente para receber um bebé em mim, mais do que querer uma doula para me apoiar na minha gravidez e parto, mais do que querer dar muuuuuuito colo e muiiiita mama e muito respeito e muita parentalidade positiva aos bebés que serão os meus filhos, vou seguir uma filosofia de vida (será?) que engloba TUDO isto.

Tudo isto se enquadra numa forma de criar e por isso eu a ter chamado de filosofia de vida, tal como o vegetarianismo ou a macrobiótica. O nome deste estilo de vida com foco na educação e criação é CRIAÇÃO COM APEGO ou ATTACHMENT PARENTING (Hoje em dia há nomes para tudo não é? :))


A Criação com Apego não é mais do que a criação de vínculos fortes com os nossos filhos e tem 8 princípios fundamentais. Cada um pode ser muito desenvolvido e desconstruído em vários pontos, no entanto e para uma primeira abordagem, vou trazer o resumo que li, feito pelo Thiago Queiroz do paizinhovirgula.
A criação com apego começa exactamente, como eu defendo, antes da gravidez!


  • P1: Preparando para a gestação, nascimento e criação
- Que tipo de pessoa sou? Estou resolvida? Tenho inseguranças? Traumas? Crenças? Eu acredito que é fundamental auto descobrirmo-nos e conhecermo-nos. Se há partes de mim que eu não conheço, que não são plenas nem felizes, como posso eu ser o exemplo para o meu filho? Aqui pode ser importante fazer trabalho emocional e ir à própria infância perceber que filhos fomos, que pais tivemos...
- Depois avaliar os tipos de parto que existem, o que mais se identifica comigo, por que procedimentos médicos vou passar, ou não, qual a forma que escolho para trazer ao mundo o meu filho?
- Escolher uma doula que me ajude neste processo, tanto a nível emocional como informativo
- Pesquisar também sobre cuidados ao recém nascido para me irs preparando para a chegada do bebé e para me sentir mais segura e capaz.

P2: Alimentando com Amor e Respeito

- Amamentação como primeira escolha
- Entender que o estômago do bebé é pequenino e aceita pequenas quantidades de leite de cada vez,. O bebé precisa de mamar não só porque tem fome e descomplicar este assunto - amamentar quando o bebé precisa e satisfazer a necessidade do momento - amamentação em livre demanda
- Criar vínculo com o bebé através da amamentação, trocar olhares. Os recém nascidos precisam que os olhos da mãe e do pai se centrem neles. Faz parte e é essencial para o seu desenvolvimento.
- Iniciar a alimentação sólida quando o bebé mostra sinais de que quer isso e não porque faz 4 meses ou 6 meses e dizem que está na altura. Estar atenta e respeitar as necessidades e as vontades do bebé!

P3: Respondendo com sensibilidade

- Estar sensível às necessidades do bebé, compreender que há bebés que precisam de mais contacto físico do que outros, que precisam de ajuda para se acalmarem, que o choro é a única forma que têm de mostrar desconforto e respeitar essa comunicação, atendendo com sensibilidade às necessidades dele
- Sermos também empáticos. Se o bebé ou a criança mostra zanga ou raiva ou medo para quê ralhar? Era isso que gostaríamos que fizessem connosco? Se procurarmos entender a razão que está por trás daquele sentimento e confortarmos a criança não é mais benéfico?

P4: Usando o contacto afectivo

- O toque é fundamental para todos nós e mais ainda quando somos crianças. O toque faz crescer, ajuda no desenvolvimento, desperta sensações e aproxima-nos uns dos outros
- Usar a amamentação, a massagem infantil, o colo, os abraços para nutrir o bebé e a criança

P5: Garantindo um sono seguro, física e emocionalmente

- A primeira pergunta que fazem aos pais "Já dorme a noite toda?". É tão importante conhecer o ritmo de sono dos bebés, perceber que o acordar frequentemente é uma questão de sobrevivência! Falei do sono aqui, podem ler mais sobre este assunto. 
- Cosleeping - o bebé dorme com os pais e isto pode ser na mesma cama ou no mesmo quarto, desde que haja proximidade - tem mostrado cada vez mais ser seguro e benéfico seguindo algumas regras. O que acontece nestes casos é que quando o bebé desperta ligeiramente tem ali uma presença, uma mão sobre o corpo, um shhhh, que o embala e lhe dá segurança. Ele sabe que não está sozinho e que é seguro dormir. Quando sente fome e começa a dar sinais disso, se a mama estiver próxima, o bebé pode até nem acordar e sente também que as suas necessidades são satisfeitas e mais uma vez que é seguro dormir.
- Não esquecer também que mesmo em adultos há quem tenha dificuldade para dormir e que não gosta de dormir sozinho. Então porque vamos obrigar um bebé a isso? Porque não confortar e ajudar sabendo que nos primeiros meses de vida, muitos bebés não têm maturidade para se acalmarem sozinhos? 

P6: Provendo cuidado consistente e amoroso

- Mais uma vez aqui a importância do vínculo. Se deixamos a criança com alguém que não os pais, o ideal é que entre a criança e o cuidador haja vínculo. É muito importante que a criança aprenda a confiar, sabendo que na sua rotina está ao cuidado daquela pessoa, de quem gosta e por quem é amado e respeitado.
- É na primeira infância que as crianças aprendem a criar vínculos. Se estão constantemente a mudar de cuidador ou se são desprezadas ou desvalorizadas espera-se que cresça dali um adulto que não confia nos outros porque as primeiras relações que teve na sua vida não foram exemplo de consistência nem amorosidade.

P7: Praticando a disciplina positiva

- Novamente aqui a importância de tratarmos os nossos filhos como gostaríamos de ser tratados. Colocar medo, manipular, chantagear não é bom para ninguém principalmente em crianças que não sabem ainda defender-se nem conhecem mecanismos para ultrapassar isso. Potenciar a vergonha, a humilhação a uma criança é terrível!! E pode acontecer com coisas simples e muitas vezes inconscientes (a avaliar pelo número de situações do género a que eu assisto no meu dia a dia).
Um exemplo: "não comes a sopa? fico triste contigo".
Porque temos de manipular a criança? Porque ameaçamos assim? Porque não entender a razão pela qual a criança não quer comer a sopa? E negociar se for preciso - "Não te apetece toda, comes o que quiseres!" Não é mimo nem má educação! É compreensão, é explicar a importância da sopa, a importância de, por vezes, comermos alimentos que não gostamos tanto do sabor, que o sabor educa-se...etc.
(A Magda do Mum's the Boss é perita nesta área!!! :))

P8: Mantendo o equilíbrio entre a vida pessoal e familiar

- Aqui o chavão "Pais felizes, filhos felizes". Se não estou bem comigo como posso estar receptiva aos outros? Com sensatez, com equilíbrio arranjar formas de mantermos a nossa individualidade. Antes de sermos mães e pais já existiamos. Parece-me essencial manter este contacto com o nosso ser, que é só nosso e que para além de mãe é também mulher, esposa, filha, amiga, profissional, praticante de yoga, apaixonada pela praia e pelo sol....
- Arranjar formas de nos alimentarmos a nós próprios para podermos ser uma fonte saudável e feliz para os nossos filhos!!

(adaptado de http://paizinhovirgula.com/criacao-com-apego-aquele-resumo-que-voce-sempre-quis/)





Bom dia!

Não quero deixar de partilhar convosco o blog repleto de amor da querida Doula Sofia Ruivo (Estela, luminosa Estela!)
Conheci esta mulher maravilhosa no primeiro dia do Curso de Doulas, em Évora. Cresci com ela, assisti maravilhada ao seu crescimento, ao seu florescimento, à expansão da sua luz. Mesmo!

A Estela é enfermeira de profissão, Doula de coração, sempre se interessou pela Maternidade e está actualmente e felizmente e finalmente a iniciar Especialização em Saúde Materna e Obstétrica. Aliás, a Estela vai ser a minha parteira. Já está "contratada" :) É mesmo importante para todos nós que cada vez mais haja profissionais de saúde abertos para a humanização. São estes os primeiros passos para a mudança!

Não deixem de ver este blog tão querido, onde a Estela partilha informações muito importantes sobre a maternidade, parto humanizado, cuidados ao recém-nascido e mais, alimentação saudável, Reiki, Tricot...enfim. Este blog é um espelho fiel da pessoa maravilhosa que é a Estela e é sempre um prazer conhecer alguém assim.

Obrigada querida! E parabéns!!

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