Doce Novembro

Este mês que terminou foi tão pesado para mim.
Até ao último dia, uma tensão imensa. Preocupações, responsabilidades, exigência de respostas, de soluções. Casa em obras. Desarrumação instalada. Cansaço ao rubro. Irritabilidade ao rubro. Paciência zero. Conexão comigo, pouca. Visão turva e escura. Houve dias em que só me apetecia deitar-me, adormecer e deixar tudo. Despir-me desta pele que trago, despedir-me das responsabilidades que aceitei, dizer que não. Fugir. Apeteceu-me tanto fugir.

Foi um mês tenso e escuro. Sinto-me ainda hoje meio esfarrapada. 
Tento trazer-me para o momento presente, para o aqui e o agora. Sentir-me inteira. Reconhecer-me capaz, positiva, harmoniosa, serena. 
Nem sempre é fácil e reconhecer esta dificuldade em mim faz parte do meu processo. A dualidade existe. Vamos aceitá-la?

All rights reserved © Catarina Gaspar