Faz hoje 1 ano que engravidamos e vou contar-vos um bocadinho mais da nossa história da Pré-Concepção e Concepção. (Não se preocupem que não vou entrar em detalhes íntimos!)
Ao fim de 4 ciclos menstruais sem engravidar comecei a sentir medo de que algo não estivesse fisicamente bem connosco. Por muito que negasse, esse medo existia e estava a tornar-se cada vez mais forte. Quando me perguntaram se queria ir ao médico confirmar que estava tudo bem, achei melhor clarificar de uma vez e relaxar perante isso do que alimentar o medo e deixar que me consumisse.
Fomos viajar no final de Janeiro e fiquei com consulta agendada para dia 31. Na altura que marquei nem olhei para o ciclo menstrual e só quando estava a ir para a clínica me lembrei de que estava para breve a ovulação. Isso era perfeito porque, como o médico costumava fazer ecografia na consulta, podia confirmar se ovulava ou não por aqueles dias. Estava no dia 17 do ciclo e tinha dois óvulos grandalhões num ovário e outro noutro prontos a sair. Fiquei com a confirmação não só que estava mesmo prestes a ovular como também soube que fertilidade era coisa que não faltava.
Fiquei tão contente com esta informação que vim para casa, lembro-me bem, a chorar de emoção, a agradecer ao meu corpo ser tão perfeito e a pedir-lhe desculpas por ter duvidado dele. A lua estava cheia, enorme e eu a sentir-me tão fértil! Falei com o meu filho e agradeci-lhe também a vontade dele em vir. Agradeci antecipadamente ele escolher-me como sua mãe. Disse-lhe que estava pronta e que era mesmo quando ele quisesse. Da minha parte estava tudo disponível para o receber.
Cheguei a casa e disse ao meu marido. Eu estava tão contente e a sentir-me tão bem que acho que ainda me apaixonei mais por ele naquela noite. A possibilidade real de engravidarmos naqueles dias existia e, para mim, só isso já valia tanto.
O Gonçalo tinha dado uma queda durante a nossa viagem e estava muito queixoso. Mal se conseguia mexer sem sentir dor. Lembro-me de olhar para ele e pensar “Ok, não vai ser neste ciclo, fica para o próximo.” O mais importante para mim, naquele momento, era saber que estava tudo bem comigo e confirmar a ovulação. A concepção podia esperar e não era meu desejo que o nosso filho fosse concebido num momento de puro “check”.
Lembro-me que nessa noite estava enamorada por mim mesma com aquela sensação fresquinha de fertilidade e de prosperidade (afinal era mais do que um óvulo!). O preparar-me para dormir foi todo um ritual de auto-cuidado, de vaidade e amor-próprio, mesmo. Lembro-me que ainda espreitei o Gonçalo que estava na sala enrolado em mantas e tão desconfortável e pensei “Será que vale a pena insistir?” mas não quis que fosse forçado. Desejei-lhe boa noite e fui deitar-me.
Bom, a verdade é que o nosso filho Vasco foi concebido por esses dias, com o efeito da Lua Cheia e com a minha sensação de fertilidade e abundância. Depois do teste positivo, no dia 18 de Fevereiro, foi esperarmos até à consulta de confirmação de gravidez para saber se era só um, dois ou três. Ahah.