Fazer anos perto do final de ano tem uma grande vantagem. O ciclo é praticamente o mesmo e é mais fácil fazer o balanço do que vivi. Por isso, escrevo para honrar os meus 27 anos e o ano 2017.
Estive a revisitar o meu blog desde o seu início e é bonito ver quanta informação partilhei, quantas perspectivas, quantos pensamentos, quantas provocações. Sabe muito bem ter este cantinho online, vê-lo tornar-se cada vez mais pessoal e poder ver, valorizar e agradecer todo o caminho percorrido.
Estes meus 27 anos foram duros. Quando olho para 2017, ainda antes de o esmiuçar e ver cada detalhe, sinto-me emocionada. Como uma criança que se propôs a um desafio e no final, depois de o conseguir, apetece-lhe chorar de alívio. Sabem?
A palavra que me surge para resumir este ano é “ACREDITAR”. E acreditar nem sempre é fácil 🙂
Foi o primeiro ano em que trabalhei por conta própria, simplesmente a seguir o meu coração, a minha vontade e a minha intuição. Para isso, precisei muitas vezes de meditar, de escutar a minha alma, confirmar para onde quero ir, manter o foco, escrever objectivos de vida, planear, testar, errar e voltar a tentar.
Foi um ano de grande alinhamento com quem sou, com o meu propósito de vida e com a forma como quero contribuir para a humanidade.
É bonito ver como em anos anteriores investi em descobrir quem eu sou e que este foi o primeiro ano em que senti que estava pronta para partilhar(-me) com o mundo. Precisei deste tempo para integrar conhecimentos, para estudar, para conhecer mais sobre o que realmente me interessa e agora, sinto que estou pronta, estruturada, para partilhar o que sei, o que vejo, o que sinto e o que sou.
O meu propósito de vida está agora muito claro e tem vindo a ficar cada vez mais específico. Sei aquilo que me faz feliz, sei em que é que a minha alma vibra, sei aquilo que me alimenta e aquilo que me desgasta. Precisei destes empurrões (suaves e meigos) da vida para me fazer à estrada. Para me pôr ao serviço.
Foi (e é) preciso confiar na vida. Confiar em mim, primeiro. Confiar nas minhas capacidades, na minha sabedoria, na minha intuição, nos meus dons e no serviço que presto. Depois, confiar que sou suficiente, que a vida me traz tudo o que preciso, no momento exacto em que preciso. Confiar no plano que o Universo tem para mim e ser humilde (sempre) para não o atrapalhar.
Há uns meses falava com uma amiga que começava uma formação que me desperta muito interesse e dizia-lhe: “Sinto que esta é uma altura de implementação. Não quero fazer mais formações agora, procurar mais conhecimentos e conteúdos. Quero pegar nos que já tenho, integrar em mim e depois partilhar. Dar-lhes uso.”
Este foi o ano em que fui Doula, Professora de Kundalini Yoga, Costureira e Babysitter.
Acompanhei 8 novas famílias, 3 partos, cruzei-me com mais de 20 alunas, criei mais de 30 Huggys. Fiz babysitter continuado a 3 crianças maravilhosas! Criei o esquema “Fisiologia do Parto” e comecei 2 novos projectos didácticos nesta área. Conheci pessoas incríveis e criei ligações que vão para além do trabalho.
A meio do ano vi o meu marido sair do atelier onde estava para se lançar a solo e foi maravilhoso ver o seu crescimento. Também para ele foi o ano de Acreditar e Fazer acontecer (estamos muito sintonizados ahah).
Também foi o ano em que transitamos da Pré-Concepção “teórica” para a “prática”. Em que passamos da minha vontade e sonho para a concretização.
E olhando para trás, agradeço muito à vida por todas as oportunidades. Hoje, aqui e agora, sinto-me mais forte, a todos os níveis. Sinto que o esforço valeu a pena e sei que há muito para fazer ainda.
Mantendo-me no momento presente sinto-me abençoada pela quantidade e qualidade das pessoas que me rodeiam, que me inspiram, que me ajudam a crescer, que me amparam nas dúvidas e que me relembram o meu valor.
Quando olho para 2018 e para os meus 28 anos, vejo sempre o símbolo do infinito. E isto só pode ser bom presságio 🙂
Depois de agradecer o que já foi, mantenho-me disponível para receber o que lá vem.
2018 estou pronta para ti.