Ontem comecei a minha introspecção para me despedir dos meus 27 anos e deste 2017.
E isso fez-me tomar consciência de uma coisa: a minha pré-concepção activa. Isto é, considero que estou em pré-concepção desde que iniciei a formação de doulas. Mas activamente pré-concepção estou desde que nós, casal e futuros pais, permitimos que os nossos filhos venham. E isso aconteceu muito recentemente.
Estava a olhar para trás e a pensar: Se tivesse logo engravidado no primeiro ciclo o que teria perdido?
E dei conta que, de facto, teria perdido algumas oportunidades.
- Não sabia nem experimentava a espera serena que existe em mim.
- Não criava tão facilmente empatia com mulheres que estão neste processo, de tentar e ver a menstruação chegar, mês após mês.
- Não conversava tanto com a minha filha antes dela ser matéria. Posso assim trabalhar ainda mais a minha fé.
- Não media a minha temperatura basal todos os dias e observava o meu ciclo realmente.
- Não sabia que tinha falta de ácidos gordos e iria iniciar uma gestação em défice em vez de abundância
- Não tinha iniciado terapia de Rebirthing porque, já estando grávida, achava melhor não mexer em algo tão profundo em mim
- Não experimentava ainda mais esta confiança no Universo e na Vida porque seria logo “tudo à minha maneira”
- Não recebia mensagem da minha filha num sonho a dizer-me porque ainda não tinha vindo
Tem sido tão bonito ver o processo a acontecer. De ciclo para ciclo.
Primeiro, deixar o anti-contraceptivo e evitar a fase fértil.
Depois ir deixando aproximar da fase fértil mas no pico de ovulação, evitar.
Depois permitir em todo o ciclo.
Depois não acontecer a concepção e ir vendo, testando.
Depois receber a mensagem no sonho e pensar “Se calhar é melhor evitar este ciclo para respeitar a mensagem que chegou.”
Depois, não evitar mas também não fazer por acontecer e perceber que o corpo se encarregou de mexer na ovulação para não ser mesmo possível acontecer. Ahah. É hilariante como tudo está tão certo!
Nas menstruações também tem havido diferenças. Em Julho, quando a menstruação chegou passei tão mal, dores tão fortes que cheguei a vomitar (nunca tal me tinha acontecido!). Em Agosto, as dores foram fortes também, tive pouca força, mas passadas as primeiras horas, consegui arrebitar e manter-me funcional. Em Setembro (a primeira menstruação que confirmou não estar grávida) veio com algum desconforto, mas mais soft. Outubro e Novembro vieram também de mansinho. Com desconforto abdominal, menos tempo e mais bem-estar. A de Dezembro chegou ontem. Percebi que estava a chegar durante a aula de Yoga, surpreendeu-me porque achava que viria mais tarde (+2 ou 3 dias) e sem dor nenhuma! E o único sintoma pré-menstrual que tive foi sensibilidade emocional. Nem sensibilidade física tive – mamas inchadas e doridas, como tem sido hábito, nem inchaço abdominal. Nada.
É tão bonito!! Estar atenta, estar disponível, observar como o corpo fala comigo e me diz o que precisa manter e o que precisa mudar.
Estou neste momento a usar a aplicação no telefone Kindara e a registar a temperatura basal, o muco cervical e o cólo do útero. Estou a aproveitar cada ciclo para me conhecer ainda mais e melhor, para optimizar o meu corpo ao máximo, para criar o que é preciso antes de canalizar toda a minha energia de criação para conceber a minha filha.
Está tudo tão certo. Cada vez mais! <3